Pesquisadores da Universidade Carlos III, de Madri, e da King’s College, em Londres, publicaram um estudo que revela a quantidade aproximada de moedas de Monero que foi minerada através de softwares com códigos maliciosos distribuídos pela internet. Ao todo, 4,32% de todo o Monero em circulação foi gerado pelos cryptojackers (hackers que criam mineradores maliciosos), ou 720 mil XMR.
A quantidade exata em dólares não pode ser contabilizada, pois depende da cotação da moeda no momento em que ela foi trocada, mas estima-se que os hackers ganharam mais ou menos US$ 57 milhões nos últimos 4 anos, o equivalente a US$ 1,2 milhão por mês.
Outros dados revelados pela pesquisa indicam que os hackers preferem fazer a mineração através das pools de mineração, já que, em uma pool, vários membros juntam poder de mineração, facilitando a validação dos blocos e, consequentemente, melhorando a incidência de pagamentos. Dentre as pools mais utilizadas, a crypto-pool ficou em primeiro lugar. Só ela é responsável por ter gerado, até aqui, 435,689 XMR, quase US$ 47 milhões.
Os pesquisadores também descobriram que 99% das campanhas de mineração com software malicioso geram pouquíssimas moedas, sendo que o outro 1% gera uma quantidade absurdamente maior, o que significa que o sistema é monopolizado. Além disso, o GitHub hospeda a maioria dos softwares de mineração adulterados.
Esses mineradores modificados basicamente retiram a taxa de doação que iria para o desenvolvedor do software original e direcionam parte dos ganhos para a conta dos hackers. O GitHub é o site mais usado pelos cryptojackers, simplesmente, por também ser o mais utilizado pelos desenvolvedores legítimos.
Mineradores maliciosos também são distribuídos via torrent, como anexos em canais do Discord, disfarçados em links curtos e em sites como o Dropbox e o Mega.
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