O estudante de medicina de Porto Alegre (RS), Andrio Coletto Bozzetto, foi condenado por estupro de vulnerável e por armazenar fotos explícitas de crianças ou adolescentes. Bozzetto deverá cumprir 14 anos, dois meses e 11 dias de prisão. A decisão é inédita no Rio Grande do Sul, já que se trata de um crime cometido pela internet, afirma o G1.
A decisão da 6° Vara Criminal do Foro Central de Porto Alegre foi elogiada pelo promotor Júlio Almeida, da 11º Promotoria de Justiça da Infância e da Juventude do Ministério Público do Rio Grande do Sul (MP-RS): "É preciso compreender o alcance da acertada decisão da Justiça que, aceitando a nossa tese, dá um passo importante para que os responsáveis por crimes de abuso sexual contra crianças, cometidos no ambiente virtual, sejam punidos exemplarmente".
Embora abusador e vítima estivessem geograficamente em estados diferentes, o ambiente virtual é capaz de simular o encontro
Andrio Bozzetto cursava o sétimo semestre de medicina e foi preso enquanto fazia um plantão em hospital na capital gaúcha. O material que envolve pornografia de menores foi apreendido em operação conjunta entre o MP-RS e a Polícia Civil do Rio Grande do Sul.
A investigação policial teve início após o pai de um menino de 10 anos denunciar o caso a Polícia Civil de São Paulo, comentando que Bozzetto assediava sexualmente seu filho via internet.
"Embora abusador e vítima estivessem geograficamente em estados diferentes, o ambiente virtual é capaz de simular o encontro, como se de fato, fisicamente, juntos estivessem e isso, certamente, provocou danos à vítima, que, após o ocorrido, passou a manifestar comportamento atípico", comentou o promotor Júlio Almeida ao tipificar o estupro virtual.
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