Quando o Facebook anunciou o smart display Portal na semana passada, a empresa fez questão de destacar as opções de privacidade disponíveis para os possíveis clientes. Afinal, estamos falando de uma rede social que enfrentou vários escândalos de privacidade no último ano e é normal que muita gente fique desconfiada ao colocar uma câmera e microfone da companhia dentro de casa.
Na época, executivos do Facebook afirmaram aos repórteres que cobriram o evento de lançamento que nenhuma informação coletada pelo Portal seria usada para direcionar anúncios em outros locais da rede social. No entanto, em um comunicado enviado a alguns veículos nesta terça (16), a empresa mudou a sua resposta.
“As chamadas por voz do Portal foram feitas na infraestrutura do Messenger. Portanto, quando você faz uma chamada por vídeo no Portal, nós coletamos o mesmo tipo de informação (ex.: duração das chamadas, frequência das chamadas) que coletamos em outros dispositivos com o Messenger. Podemos usar essa informação para informar os anúncios que mostramos a você em nossa plataforma”, disse a empresa.
Mas a confusão não para por aí. Após a companhia emitir essa resposta, Rafa Camargo, gerente de produtos do Facebook, tentou esclarecer as coisas mais uma vez. De acordo com o executivo, a rede social coleta esses dados e tem permissão para utilizá-los no direcionamento de anúncios, mas ele afirma que isso não está sendo feito e não há planos para isso.
Em resumo, a única garantia de que as informações obtidas pelo Portal não serão usadas é a palavra do Facebook. Embora ainda tenha funções extras de privacidade, como o bloqueio físico da câmera, é possível que essa informação seja suficiente para fazer muita gente repensar a compra.
Os modelos Portal e Portal+ estão em pré-venda nos Estados Unidos por US$ 199 e US$ 349 respectivamente.
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