A Google anunciou hoje (8) que encerrará as atividades do Google+ daqui a 10 meses. O comunicado foi feito após um jornal revelar que dados pessoais de 500 mil usuários ficaram expostos na plataforma entre 2015 e 2018, inclusive com a Gigante da Web mantendo privada essa informação por receio de que ela “causasse danos à reputação” da empresa.
Oficialmente, a Google afirma que suspenderá o acesso à sua rede social a fim de “revisar de perto todas as APIs associadas” a ela. A ação é parte do Project Strobe, programa de revisão geral de todo o acesso de terceiros a perfis de usuários dos serviços Google e do Android por meio de APIs.
Foi justamente durante essa revisão que a empresa descobriu uma falha em uma API em março de 2018. Ela permitia que apps desenvolvidos por terceiros que rodavam dentro do Google+ poderiam acessar informações pessoais dos perfis de usuários, mesmo aquelas marcadas como privadas (e que, portanto, não deveriam ser vistas por ninguém).
A versão para o usuário final do Google+ ficará fora do ar por 10 meses, informa a Google
Apesar de garantir que não há qualquer evidência de que algum desenvolvedor explorou essa brecha, a Google resolveu agir e suspendeu o serviço a fim de reavaliar todas as suas defesas.
A empresa justifica essa decisão de uma maneira bem simples: a baixa adesão do público à sua rede social. Segundo dados publicados hoje, 90% dos acessos ao Google+ duram menos de cinco segundos, indicando que a sensação de que a plataforma é um imenso deserto é, na verdade, um fato.
Além disso, a Google anunciou que está limitando os dados de usuários que podem ser acessados por terceiros e também renovando os controles de segurança para dar mais controle a cada um que compartilha as suas informações nos serviços da empresa.
Assim, se você era um dos 10% dos usuários que gastava mais de cinco segundos em uma sessão, saiba que a ideia é completamente as atividades da rede social após esse período de 10 meses.
[Atualizado 10/12/2018: após a descoberta de um novo vazamento, a Google informou que o fim do Google+ foi antecipado em seis meses, para abril de 2018]
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