A Uber concordou em pagar uma multa de US$ 148 milhões por esconder um vazamento de dados que aconteceu há dois anos e afetou 7 milhões de motoristas e 57 milhões de clientes, incluindo cerca de 196 mil usuários brasileiros. Esse valor será distribuído entre todos os 50 estados dos Estados Unidos e o Distrito de Columbia.
Embora tenha acontecido em 2016, o caso só foi revelado ao público no ano passado, quando o ex-diretor de segurança da companhia foi demitido e uma auditoria externa foi feita nesse setor. Números de telefones, nomes, e-mails e carteiras de motoristas foram expostos no ataque. Na época, a Uber tentou abafar a situação e chegou a pagar US$ 100 mil para os hackers responsáveis, que concordaram em manter segredo sobre a situação.
Vazamento afetou 7 milhões de motoristas e 57 milhões de usuários da Uber, incluindo cerca de 196 mil brasileiros.
Em abril deste ano, a Uber começou a notificar os usuários brasileiros que foram afetados como parte de um acordo da empresa com a Comissão de Proteção dos Dados Pessoais do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT). No e-mail enviado para os clientes, a companhia de transporte pede desculpas pelo ocorrido e garante não ter identificado fraudes usando os dados roubados.
Quando o ataque aconteceu, a Uber era presidida por Travis Kalanick, seu fundador, que foi substituído mais tarde por Dara Khosrowshahi. O atual responsável pela companhia se posicionou sobre o assunto na época em que os processos contra a empresa foram abertos. “Embora não seja possível apagar nosso passado, me comprometo, em nome de cada funcionário da Uber, que vamos aprender com nossos erros”, afirmou.
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