A tecnologia vem sendo incorporada aos poucos em sistemas de prevenção e combate ao tráfico de drogas e com a explosão do mercado de drones, o policiamento vem ganhando algumas ferramentas. Na Colômbia, as máquinas vêm sendo utilizadas para espalhar herbicida sobre as plantações que um dia vão resultar em cocaína.
A abordagem do governo sul-americano é diferente das operações utilizadas até agora porque usa não somente a mobilidade e as câmeras de alta resolução para identificar os campos como também utiliza os objetos voadores para atacar as plantas de coca. A maior vantagem é a possibilidade de reconhecimento a partir de grandes distâncias, graças à visão panorâmica.
Além disso, se um fazendeiro notar a presença da vigilância e estiver armado, a baixa é relativamente baixa e, claro, não causa mal a nenhum oficial. Outra questão é que o descarte de veneno feito por aviões pode cobrir uma ampla área e ao mesmo tempo atingir não somente os criminosos como também animais e inocentes. Com a precisão do drone, a ofensiva é mais certeira.
De acordo com o Wall Street Journal, a Colômbia já ativou 10 drones no lançamento inicial para testes. Eles pesam quase 23 quilos quando carregam os produtos químicos para matar a vegetação e contam com muito mais precisão no disparo do que aeronaves tripuladas. Até agora, os resultados teriam sido satisfatórios, com a destruição de “centenas de acres” da matéria-prima da droga.
Ainda há outras questões relativas a esse assunto, especialmente com relação à privacidade e possibilidade de danos à saúde dos seres humanos. Contudo, o uso policial dos drones já é uma realidade e pode se tornar cada vez mais comum nos próximos anos.