Várias empresas — incluindo gigantes como a Apple, a Samsung, a Microsoft e Amazon — se viram em meio aos seus próprios “casos Cambridge Analytica” nesta segunda-feira (04), quando o The New York Times revelou que o Facebook compartilhava dados privados sem o consentimento dos usuários com muito mais gente — um número superior a 60 fabricantes de dispositivos. Ontem mesmo, após a veiculação a da notícia, o CEO da Maçã, Tim Cook, negou que a companhia tenha participado desse esquema.
Só para refrescar a memória, entre o conteúdo distribuído ilegalmente estavam dados sensíveis, a exemplo de status de relacionamento, religião, etnia, posição política e outras informações privadas. “O que foi mencionado na reportagem do (The New York) Times, sobre os status de relacionamento e todas essas coisas, isso tudo é tão estranho para nós. Não recebemos ou requisitamos nenhum dado”, disse, em entrevista à National Public Radio, durante a WWDC 2018.
"O que fizemos foi integrar a capacidade de compartilhar o sistema operacional, simplificar o compartilhamento de uma foto e esse tipo de coisa. Então, isso é uma conveniência para o usuário. Nós não estávamos no negócio de dados e nunca estivemos no negócio de dados", explica Cook.
Facebook continua negando que tenha compartilhado dados de forma ilegal
Enquanto isso, o Facebook segue confrontando a investigação do periódico. "Ao contrário das alegações do The New York Times, informações de amigos, como fotos, só eram acessíveis em dispositivos quando as pessoas tomavam a decisão de compartilhar suas informações com esses amigos”, comenta um porta-voz, de acordo com o Engadget.
Porém, a rede social faz questão de se isentar do mau uso desse conteúdo, o que não garante que as informações tenham realmente sido utilizadas ilegalmente. “Não estamos cientes de qualquer abuso por parte dessas empresas."
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