Com o escândalo envolvendo o uso de dados do Facebook pela empresa de consultoria Cambridge Analytica, muitos usuários deram início à campanha #DeleteFacebook com o objetivo de boicotar a maior rede social do mundo. Isso já seria difícil para muitas pessoas que dependem dos contatos que mantêm por lá, mas pode ser complicado até mesmo para quem excluiu completamente a conta e achava que estava livre da empresa de Mark Zuckerberg.
Uma pesquisa feita pela AdGuard Research — empresa que produz bloqueadores de anúncios e filtros de conteúdo — analisou os 2.556 aplicativos mais populares da Play Store e registrou todas as informações que eram enviadas pela rede, além de quais empresas estavam coletando esses dados. O gráfico abaixo mostra os detalhes dos resultados.
Sem muita surpresa, a Google ficou em primeiro lugar, com rastreadores presentes em 65% dos aplicativos. O Facebook veio logo atrás, com presença registrada em 41% dos programas. Isso se deve à Facebook Audience Network, serviço da empresa que veicula publicidade fora da rede social. Na prática, significa que o usuário está dando informações para a empresa, mesmo que nunca tenha criado uma conta por lá.
O que está sendo coletado?
Os dados enviados para o Facebook incluem detalhes sobre a marca e modelo do smartphone utilizado, versão do sistema operacional, resolução da tela, idioma, fuso horário, operadora, endereço IP e detalhes sobre o uso do aplicativo. Em jogos, por exemplo, a empresa poderia saber se o usuário comprou ou não itens extras com dinheiro real. A pesquisa também notou que nenhum aplicativo pediu permissão do usuário antes de enviar essas informações.
Existe uma solução para quem realmente não quer ter esses detalhes enviados para o Facebook. A AdGuard diz que tudo é enviado por um único domínio, o graph.facebook.com, sendo necessário apenas bloquear esse endereço no seu celular para garantir que o compartilhamento de dados não será feito. A empresa recomenda seu próprio produto para isso.
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