A cerimônia de abertura das Olimpíadas de Inverno de Pyeongchang, realizada no último dia 9, foi alvo de um ciberataque. A organização dos jogos reconheceu a ação e, ao que tudo indica, ela foi perpetrada por hackers russos, que tentaram fazer parecer que a Coreia do Norte era a verdadeira responsável pela ação.
A notícia foi veiculada no último sábado (24) pelo Washington Post. A informação foi obtida junto a oficiais de inteligência dos Estados Unidos que preferiram se manter no anonimato, informa a publicação. Ainda segundo a reportagem, os espiões russos hackearam centenas de computadores durante o tipo de ação conhecido como “bandeira falsa”.
Segundo os especialistas, os ataques realizados na abertura dos Jogos de PeyongChang tinham como objetivo gerar caos, ou seja, não visavam roubar informações sigilosas ou algo do tipo. A ação seria uma resposta russa ao banimento de atletas do país por parte do Comitê Olímpico Internacional após uma série de escândalos de doping.
Bandeira russa é exibida durante os Jogos Olímpicos de Inverno de PyeongChang.
Apesar disso, a diplomacia russa já havia alertado antes do início do evento de que eles seriam acusados por um eventual ataque virtual. “Sabemos que a mídia ocidental está planejando pseudoinvestigações sobre o tema ‘digitais russas’ em ataques hacker contra fontes de informação relacionadas à realização dos Jogos Olímpicos de Inverno na República da Coreia”, informou a época o ministério de relações exteriores do país.
Este é mais um caso envolvendo Estados Unidos, Rússia, Coreia do Sul e Coreia do Norte sob a temática da cibersegurança. Os estadunidenses acusam os russos de realizarem ciberataques e de interferência no pleito de 2016, que elegeu Donald Trump como presidente do país. Já os norte-coreanos são constantemente acusados por Coreia do Sul e EUA de envolvimento em casos de hacking, além de terem sido alvo de ataques conduzidos pelo país norte-americano.
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