A Apple simplesmente não consegue se livrar das denúncias de problemas em suas fábricas na China. Jornadas extenuantes, condições mínimas de trabalho, trabalho escravo e até suicídio já aconteceram nas plantas que são fabricados iPhones, iPads, iPods, Macbooks e iMacs. Agora, a Catcher, principal fornecedora do iPhone 8 e Macbook, está sendo acusada de colocar os trabalhadores em condições de trabalho extremamente perigosas.
Com planta em Jiangsu, na China, a Catcher passou por uma investigação feita pelo China Labor Watch, que "identificou problemas importantes relacionados à saúde e segurança ocupacional, poluição e horários de trabalho".
Na Catcher, os trabalhadores ficam dentro da fábrica 10 horas de dia, durante 6 dias por semana
Entre os problemas encontrados na fábrica: máquinas com barulho alto que solta fluido e partículas de metal (e frequentemente acertam os funcionários), poucos funcionários usam aparatos de segurança (luvas e óculos), funcionários com problemas de saúde decorrentes do trabalho (problemas de visão, irritação e descoloração), presença de água residual que viola o nível de segurança local e dormitórios gelados sem água quente ou chuveiros.
Acha que é só isso? A CLW ainda notou que a Catcher, além da "série de violações dos direitos humanos, ainda possui políticas discriminatórias de contratação, falta de treinamento de segurança, longas horas de trabalho e baixos salários".
O salário base de um trabalhador na fábrica fornecedora da Apple é de US$ 301 por mês (R$ 960 na cotação atual). Ainda, a regulamentação local permite, no máximo, oito horas de trabalho diariamente durante 5 dias por semana. Na Catcher, os trabalhadores ficam dentro da fábrica 10 horas de dia, durante 6 dias por semana.
A Apple, que seguiu a mesma linha de posicionamento da Catcher, comentou que investigou as reivindicações da CLW e não encontrou evidências de que as condições de trabalho violaram o código de conduta da empresa.
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