A Avast realizou uma pesquisa que revelou o seguinte: 65% dos brasileiros estão preocupados com cibercriminosos que possam espioná-los por meio da câmera em notebooks ou webcams de desktops. A porcentagem cai para 61% quando falamos sobre residentes dos EUA e do Canadá — mas, mesmo assim, a alta porcentagem mostra que as pessoas vêm ganhando conhecimento sobre as ferramentas de vigilância utilizadas tanto por autoridades quanto por cibercriminosos (e, aqui, a linha entre os dois fica cinza).
Se você pensa que a luz de atividade ao lado da webcam é um indicador confiável, está errado. Existem dezenas de ferramentas de intrusão e espionagem que ativam câmeras e microfones de notebooks e webcams sem alertar o usuário.
A Avast descobriu que só 37% dos brasileiros entrevistados chegaram a cobrir a webcam de maneira física
Vale notar que o ex-diretor do FBI, James Comey, já declarou que cobre fisicamente a própria webcam. Enquanto isso, Mark Zuckerberg, CEO do Facebook, já foi flagrado usando fita isolante sobre a câmera e o microfone do notebook.
Apesar da alta preocupação, a Avast descobriu que só 37% dos brasileiros entrevistados chegaram a cobrir a webcam de maneira física. Nos EUA e no Canadá, a prática sobe para 52% e 55%, respectivamente.
"Cobrir webcams é um bom começo, mesmo que muitas vezes seja inconveniente para as pessoas que frequentemente usam a câmera do computador", disse Ondrej Vlcek, CTO e EVP Consumer Business na Avast. "Nós, portanto, lançamos para os usuários do AVG e do Avast um recurso que oferece o controle total sobre quem pode usar suas câmeras, sem que tenham que as cobrir fisicamente", completou.
Segundo Thiago Tavares, presidente da Safernet, à Folha de S. Paulo, as câmeras mais suscetíveis a espionagem são as de segurança privada e as babás eletrônicas. Isso porque elas, normalmente, são protegidas por senhas fáceis. Por exemplo, muitas pessoas não alteram aquele padrão de fábrica "123456".
Smartphones também são presas fáceis: links via WhatsApp e aplicativos de jogos presentes em lojas não oficiais podem infectar o aparelho
Essas falhas de sistema e redes desprotegidas são portas de entrada para os crackers. Para aproveitar uma falha de sistema e invadir a câmera de PCs, os cibercriminosos utilizam arquivos maliciosos que são baixados quando o usuário mais desatento clica em links desconhecidos (que podem aparecer no seu email ou em mensagem em redes sociais) ou baixa programas de sites que não são confiáveis.
Smartphones também são presas fáceis: links via WhatsApp e aplicativos de jogos presentes em lojas não oficiais podem infectar o aparelho. Além disso, é preciso notar que dificilmente o antivírus vai te salvar caso você comenta um erro. Por isso, tenha em mente que o melhor antivírus em qualquer dispositivo é você, a maneira como navega e o cuidado que toma.
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