Um especialista em tecnologia da Universidade de Deakin, na Austrália, alertou para um grave perigo que pode assolar uma porcentagem da população: robôs sexuais podem ser invadidos e controlados por hackers e podem se tornar um risco para a vida de seus usuários.
Conforme a tecnologia vai se apossando de tudo na vida das pessoas, os objetos e itens utilizados no dia a dia são cada vez mais conectados, especialmente com os esforços da Internet das Coisas, ligando tudo que nos cerca. Porém, isso acaba servindo também para robôs sexuais, que deixaram de ser meros bonecos infláveis e já podem ser encontrados com uma complexidade assustadora.
Conectado com tudo
Há baixos riscos de acontecer algo como no seriado “Westworld”: que eles tomem consciência
Com cinco fabricantes no mundo todo, os robôs sexuais podem ser mais ou menos tecnológicos e são vendidos por valores que variam entre US$ 5 mil e US$ 15 mil, ou R$ 15,6 mil e R$ 47 mil. Eles podem ter alguns movimentos para torná-los mais realistas e isso pode ser controlado por aplicativos de smartphone.
Esses robôs – ainda – não são dotados de inteligência artificial, portanto, há baixos riscos de acontecer algo como no seriado “Westworld”: que eles tomem consciência e comecem a perceber como são usados pelo ser humano. Porém, como qualquer dispositivo ligado à internet, eles podem ser controlados remotamente por um invasor e, a partir daí, a criatividade é o limite para se imaginar o que pode ser feito.
Perigo à espreita
Levando em consideração que até marca-passos podem ser controlados por hackers, o perigo para usuários desses robôs pode ser levado a sério. Os fabricantes fazem de tudo para fornecer o maior nível de realismo possível para os consumidores, incluindo criar robôs com movimentos, voz e alguns que até simulam orgasmos. A tendência é que eles fiquem ainda mais realistas nos próximos anos.
Cientistas calculam que ainda deve levar pelo menos 50 anos para que robôs possuam um nível de inteligência artificial para que realizem atividades de maneira completamente autônoma
O especialista em tecnologia da Universidade de Deakin afirmou: "Hackers podem invadir um robô ou um dispositivo robótico e ter o controle total das conexões, braços, pernas e outras ferramentas anexas, como facas ou dispositivos de soldagem. Uma vez que um robô é invadido, o hacker tem controle total e pode enviar instruções para ele".
Para o alívio de muitos, cientistas calculam que ainda deve levar pelo menos 50 anos para que robôs – os normais e os sexuais – possuam um nível de inteligência artificial suficiente para que realizem atividades de maneira completamente autônoma e possam, quem sabe, se tornar um risco de alguma forma para os humanos.
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