Se você está entre aqueles que acham uma enorme invasão de privacidade ter a empresa onde trabalham vigiando tudo o que seus funcionários fazem nas redes sociais, então pode ser uma boa ideia se mudar para Europa. Isso porque, em breve, esse tipo de ação não será mais permitido em toda a União Europeia.
A decisão faz parte de um conjunto de leis aprovado em abril e que deve entrar em efeito em maio de 2018. No documento oficial, que serve de guia em preparação para quando as regras estiverem realmente em efeito, a UE explica que, em primeiro lugar, os empregadores devem diferenciar se uma conta usada por um candidato a uma vaga é de uso pessoal ou de trabalho.
Quanto às postagens feitas por eles? A companhia só pode checar dados que são “relevantes para o desempenho do trabalho para o qual ele está sendo aplicado.”
Para candidatos e funcionários
Os funcionários já contratados também recebem apoio dessas mesmas regras. As empresas não podem, por exemplo, forçar seus funcionários a darem a eles o acesso às postagens ou aceitar pedidos de amizade. Mesmo assim, o ato de vasculhar as redes de seus empregados periodicamente não deve acontecer, de maneira geral, e mesmo essas exceções só podem ocorrer se houver base legal e necessidade de checar informações.
Mas e se o empregado tiver que utilizar a rede social para o trabalho? Nesse caso, ele deve ter o direito de ter uma conta pessoal separada para usar como quiser – e mesmo essa obrigação de uso deve ser especificada no contrato do funcionário.
Com as novas leis, o ato de vasculhar as redes de seus empregados periodicamente não deve mais acontecer
Apesar de as mudanças terem um enorme potencial para garantir a privacidade de seus empregados, a grande dúvida é saber como toda a União Europeia (incluindo o Reino Unido, que vai aderir a essas regras mesmo depois de deixar o grupo) vai conseguir fazer essas regras realmente funcionarem. Tudo o que podemos fazer é esperar para ver.
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