Depois de meses de testes e de muitas reações positivas, a MasterCard revelou recentemente que pretende levar seu “sistema de pagamentos via selfie” para mais do que uma dúzia de novos países. A tecnologia faz o uso das câmeras frontais de dispositivos móveis para autenticar a identidade dos usuários por meio de reconhecimento facial, autorizando a conclusão de transações financeiras.
Para usar o sistema, os consumidores precisam primeiramente baixar o aplicativo da MasterCard em seu smartphone ou tablet e fazer o cadastro necessário. Depois de inserir normalmente os dados de cartão de crédito na hora de fazer um pagamento, bastará que eles elevem o dispositivo até a altura do seu rosto e o segurem para tirar uma foto rápida.
Para evitar truques, é preciso que os usuários pisquem para provar que não estão segurando uma foto na frente da câmera. Além disso, a MasterCard afirma que seus algoritmos conseguem notar caso alguém esteja tentando enganar o sistema por meio do uso se um vídeo. Segundo a companhia, o reconhecimento facial só será usado em certos contextos, quando autenticação adicional for requerida – como quando uma transação parecer fora do padrão do usuário.
“Nós vamos usar muitas informações sobre sua transação [para garantir sua segurança]. Coisas como onde você está e para onde os itens serão enviados”, afirma o presidente da divisão da empresa responsável por soluções de segurança para empreendimentos, Ajay Bhalla. De acordo com ele, a companhia também está avaliando outras medidas, que vão além do reconhecimento facial e leitura de digitais. Uma das opções seria a detecção de padrões de batimento cardíaco.
A chave do coração
Usando um sensor específico, o aplicativo poderia ler o eletrocardiograma de cada usuário, garantindo que aquele é mesmo o sinal elétrico único produzido pelo seu coração. Com ajuda do acessório Nymi Band, a MasterCard fez os primeiros testes desse sistema no final do ano passado e, agora, já concluiu experimentos tanto no Canadá quanto nos Países Baixos, afirmando ter recebido respostas bastante positivas.
De acordo com Bhalla, o reconhecimento de batimento cardíaco tem até certa vantagem sobre o uso de digitais ou selfies, já que os dois métodos já usados requerem interação por parte do usuário, enquanto a novidade poderia funcionar imperceptivelmente em plano de fundo. Bastaria usar um bracelete compatível, que enviaria um sinal para os dispositivos pareados para provar que você é quem afirma ser.
"Seria uma autenticação constante e essa tecnologia pode estar no seu relógio ou em qualquer dispositivo vestível”, ressalta. No entanto, Bhalla afirma que a identificação por eletrocardiograma ainda está no futuro, já que ainda não há uma infraestrutura apropriada para dar suporte a esse tipo de recurso. Em comparação, o executivo afirma que o reconhecimento facial será disponibilizado muito mais cedo, dentro dos próximos 12 meses.
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