(Fonte da imagem: Reprodução/Spiegel)
O escândalo da espionagem americana parece não ter fim, e os tentáculos da Agência de Segurança Nacional dos EUA (NSA) revelam-se cada vez maiores e mais poderosos. Recentemente, relatos de que a agência estaria espionando aliados europeus através de escutas nas embaixadas foram recebidos com forte desaprovação no continente.
A chanceler alemã Angela Markel denunciou as atividades da agência, classificando-as como “inaceitáveis”. Mas, de acordo com uma reportagem do jornal alemão Der Spiegel publicada no último sábado (20), o Serviço Federal de Inteligência da Alemanha (BDN) usou o programa de espionagem dos Estados Unidos para monitorar o tráfego de informações na internet.
Filtrando a internet
O BDN estaria utilizando um programa da NSA chamado XKEYSCORE de forma ativa – o mesmo que foi usado para espionar a internet brasileira, um escândalo revelado pelo jornal O Globo no começo deste mês que causou indisposição entre Estados Unidos e Brasil.
O programa envolve o recolhimento em massa de metadados da internet, como endereços de IP e termos digitados em motores de busca. Mas, em algumas situações, o conteúdo de comunicação também pode ser revelado.
Cooperação contra terrorismo
De acordo com o Der Spiegel, o programa tem a intenção de expandir a capacidade das agências alemãs de apoiarem a NSA para que possam conjuntamente perseguir metas contra o terrorismo.
Os novos documentos revelam que o governo alemão tem sido um parceiro ativo nos esforços de vigilância em massa, citando a "disposição para assumir riscos e buscar novas oportunidades para a cooperação com os EUA".
Espionagem doméstica
Além das indisposições com outros países, o governo dos EUA está enfrentando situações embaraçosas dentro de casa. Em uma entrevista ao site BuzzFeed, Pete Ashdown, CEO da Xmission, um pequeno provedor de internet do estado americano de Utah, revelou que o FBI e a NSA obrigaram-no a instalar equipamentos que permitem às agências monitorar um dos seus clientes.
A pequena caixa instalada na sede do provedor capturava todo o tráfego enviado e recebido pelo cliente. Ashdown também revelou que as ordens judiciais da FISA (uma lei que autoriza a vigilância eletrônica para obter informações de inteligência estrangeira) forçam as empresas a fornecer dados para o governo.
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