Quem precisa conversar sobre assuntos sigilosos via comunicadores instantâneos tem procurado por serviços que ofereçam criptografia de ponta a ponta, para assegurar que o conteúdo não seja interceptado por terceiros. Obviamente, os cibercriminosos também optam por esses aplicativos, como o WhatsApp e o Telegram, certo? Nem tanto: pesquisa da empresa de análise de inteligência Flashpoint revela que o preferido de quem gosta de trocar aquela ideia sobre atos ilícitos na web é o Skype.
Muitos golpistas migraram para o ICQ e para o WhatsApp nos últimos anos, mas Skype foi o mais mencionado nas comunidades underground
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O levantamento foi baseado na análise sobre o monitoramento das atividades de hackers e outros foras-da-lei digitais, principalmente em comunidades, fóruns e painéis de mensagens associados a ações fraudulentas. E mais: ainda que o Skype tenha aparecido com mais frequência, a variedade é que chamou a atenção, pois os golpistas online costumam trocar de app de acordo com sua localidade ou idioma. Já eles afirmam que selecionam o canal de diálogo de acordo com a facilidade de uso e a segurança no contexto.
Línguas inglesa e russa dominam o cenário
Segundo o estudo, cerca de 62% e 38% dos cibercriminosos que falam inglês e russo mencionaram o Skype em suas comunidades, respectivamente. Em 2012, os espanhóis e árabes também se baseavam na plataforma da Microsoft, mas mudaram para o ICQ e o WhatsApp nos últimos anos.
Aliás, curiosamente, o ICQ provou ser um dos mais populares entre os golpistas: ficou entre os mais utilizados por russos, espanhóis, franceses, árabes e ingleses nas comunidade underground. Para os pesquisadores, a razão seria a influência russa entre os hackers.
"Cibercriminosos de língua russa são bem conhecidos por suas proezas e universalmente considerados os atores mais inovadores e sofisticados no ecossistema cibercriminal. Por esta razão, os agentes de outras comunidades linguísticas muitas vezes emulam cibercriminosos russos na tentativa de elevar seus próprios níveis de competência.”
Para conferir a pesquisa completa, é só seguir este link.
Fontes