Com o desenvolvimento de equipamentos de segurança baseados na biometria, parecia finalmente estar chegando ao fim a batalha entre agências bancárias e fraudadores. No entanto, uma pesquisa realizada pela Kaspersky Lab mostra que os criminosos estão atualizando seus métodos de operação e já começam a usar aparelhos capazes de burlar até mesmo a leitura de dados únicos a cada pessoa.
Segundo a empresa, já existem ao menos 12 vendedores no submundo do crime oferecendo “skimmers” capazes de roubar impressões digitais das vítimas. Esses gadgets surgem como uma evolução natural dos dispositivos caseiros que, conectados a terminais de atendimento, são capazes de roubar informações de chips de cartões, dados da fita magnética e o código PIN usado como proteção.
A situação se torna ainda mais grave diante do fato de que há pelo menos três negociadores clandestinos pesquisando soluções para obter ilegalmente dados de sistemas de reconhecimento de impressões das palmas e da íris. Os primeiros testes dos aparelhos foram feitos em setembro de 2015, sendo que os criminosos relataram muitos bugs e problemas na transferência de grandes quantidades de dados obtidas pelo padrão GSM.
Novos problemas de segurança
A Kaspersky afirma que também há sinais que indicam o desenvolvimento de aplicativos mobile baseados na colocação de máscaras sobre a face de pessoas. Esse método deve permitir que invasores peguem fotos de vítimas em potencial (através de redes sociais) e as usem para enganar sistemas de reconhecimento facial.
se suas informações forem comprometidas, este método de autenticação já não é confiável
“O problema da biometria é que, ao contrário das senhas ou dos códigos PIN, que podem ser facilmente modificados quando afetados, é impossível alterar impressões digitais ou imagens de íris”, explica Olga Kochetova, especialista em segurança da empresa. “Ou seja, se suas informações forem comprometidas, este método de autenticação já não é confiável. Por isso, é essencial manter seus dados protegidos e compartilhá-los de modo seguro”.
“Dados biométricos também são gravados nos atuais passaportes eletrônicos, bem como nos vistos. Se um invasor roubar este documento, além da certidão física, ele também terá os dados biométricos da vítima. A identidade da pessoa é roubada”, complementa a especialista em segurança.
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