O TecMundo visitou Manaus para conhecer as instalações do Sidia (Instituto de Desenvolvimento para Informática da Amazônia), um centro de desenvolvimento mantido em “segredo” pela Samsung.
Essa foi a primeira vez que os responsáveis abriram as portas para os principais veículos de comunicação. Nós também aproveitamos a oportunidade para conhecer o Ocean – clique aqui para saber mais.
É lá que a icônica fabricante sul-coreana coloca profissionais para explorar novas tecnologias e compartilhar ideias inovadoras com outras filiais ao redor do mundo. Agora, o local também abriga o recém-fundado Black River, o primeiro estúdio de games inaugurado fora da Coreia.
Segundo André Araújo, coordenador do estúdio Black River, “as pessoas perdem muito tempo jogando em dispositivos móveis, só que os jogos exigem muito do hardware, e, por isso, estamos trabalhando para lançar títulos que rodem de forma perfeita e que consequentemente demonstrem todo o potencial dos nossos gadgets”. É através da produção da produção de jogos AAA que os desenvolvedores do Sidia pretendem expor a real capacidade dos novos smartphones e tablets da companhia.
O coordenador do estúdio deixou bem claro que a diretriz dos jovens desenvolvedores é justamente utilizar a criatividade para produzir jogos AAA que coloquem o verdadeiro potencial de um dispositivo à prova. A intenção dos profissionais do Black River não é fazer jogos para lucrar, e sim para exibir o que um gadget da companhia possui de melhor.
A reunião de grandes profissionais
Atualmente, o Sidia conta com mais de 420 funcionários, sendo que os laboratórios estão em expansão para abrigar novas mentes brilhantes. Até o final deste ano, o centro de desenvolvimento espera realizar 100 novas contratações, todas elas pontuais e específicas para as mais variadas áreas. No caso do estúdio Black River, há no momento cerca de 22 pessoas, sendo quatro estrangeiros e quatro de Manaus.
O centro de pesquisa e desenvolvimento é parceiro de todos os institutos de tecnologia e pesquisa da região amazônica e está focado em trazer mais brasileiros para o time, incluindo profissionais de Manaus e de outros estados brasileiros. Quando o Sidia procura realizar contratações estrangeiras, é porque realmente o estúdio busca um especialista com conhecimentos específicos em determinada área.
No momento, os profissionais do estúdio estão trabalhando no desenvolvimento de aplicativos e jogos para tablets e smartphones, mas também já estão compartilhando ideias para possíveis projetos para outras plataformas, como as TVs inteligentes da Samsung.
Se trabalhar no Sidia é bom? Fizemos exatamente essa pergunta para Antônio Teoli, um talentosíssimo compositor que já participou da trilha sonora de mais de 450 jogos, incluindo títulos da Disney e Second Life, o famoso simulador 3D da vida real.
Segundo o músico, “trabalhar com a talentosa equipe do Black River Studios tem sido uma experiência muito boa”. O paulista Teoli sequer tinha visitado Manaus, mas acabou aceitando o desafio justamente pela estrutura oferecida.
Um dos projetos já finalizados pelo Black River Studios é o "Galaxy 11: Invasion", um endless runner lançado em julho deste ano, inspirado na Copa do Mundo e recheado de alienígenas. O título também serviu para acompanhar a maior campanha global da história da Samsung, que custou cerca de US$ 40 milhões.
Participamos de uma aula do futuro
No decorrer da visita ao Sidia, também tivemos a oportunidade de participar de uma simulação do Samsung Smart School, uma solução educacional que proporciona novas formas de aprendizado e interação entre alunos e professores. É no centro de desenvolvimento que os testes da plataforma são realizados antes de serem aplicados nas instituições de ensino.
Ao lado de Heimar de Oliveira, responsável por apresentar o Smart School e por ser o nosso professor durante a demonstração, vimos algumas funcionalidades interessantes que estão pautadas para chegarem em escolas da região.
Graças aos gadgets que chegam nas mãos dos alunos e professores, todos podem fazer parte de um ambiente de aprendizagem mais divertido e dinâmico. De acordo com Heimar, “além do Smart School incentivar o aprendizado, ele também é capaz de fazer alunos que abandonaram a escola retornarem para as salas de aula”.
Através dos recursos do Smart School, o professor pode bloquear a aula dos estudantes, acessar a tela dos alunos para fiscalizar o que estão fazendo, iniciar um cronômetro para limitar o tempo de uma atividade e ainda compartilhar exercícios e notas através dos gadgets. O Samsung School é um projeto global e todas as funcionalidades foram criadas em parceria com os desenvolvedores da matriz na Coreia.
Segundo Heimar, “os alunos conhecem muito mais a tecnologia do que os próprios professores, portanto, esse vem sendo o principal empecilho para a integração do projeto nas escolas”. Quer queira quer não, esse pode ser o primeiro passo para reestruturar o nosso ineficiente sistema de ensino.
* O TecMundo viajou para Manaus a convite da Samsung Brasil.
Categorias