(Fonte da imagem: Divulgação/Samsung)
Quando a Samsung decidiu embarcar no mercado de smartphones, havia um longo caminho a ser trilhado. A Apple já tinha alcançado uma posição sólida com o seu iPhone, e o visual dos produtos da empresa sul-coreana não agradava aos consumidores. Tela ruim, design pobre e falta de aplicativos eram apenas algumas das reclamações.
No final de 2009, quando o iPhone conquistou o mercado, a empresa viu o seu lucro trimestral de US$ 885 milhões ser reduzido à metade no período seguinte. Entretanto, na sede da companhia, o Galaxy já era quase uma realidade e tinha potencial para se tornar um rival digno do iPhone.
Desde o seu lançamento, em junho de 2010, foram vendidas cerca de 44 milhões de unidades do Galaxy. Hoje, somando-se todos os modelos de smartphones da empresa, a companhia pode se vangloriar de ser a líder mundial no mercado de celulares inteligentes.
A era do design
Tendo conquistado a confiança do consumidor com produtos de qualidade comprovada no mercado, a empresa agora se volta para as questões relacionadas ao design. Christian Lindholm, vice-presidente de inovação da consultoria de design Fjord, aponta o caminho com uma analogia curiosa.
“A Samsung é fantástica como fabricante de sabonete. O produto garante a limpeza de quem o usa e ensaboa bem, mas eles não sabem fazer perfumes, um segmento no qual as margens são significativamente maiores. O perfume é uma experiência, serve para seduzir, tornar a pessoa atraente e fazer com que ela se sinta bem”, explica.
Os celulares continuam sendo a maior fonte de receita da Samsung, gerando um lucro operacional de US$ 7,4 bilhões. A confiança do grupo cresceu e só no ano passado foram registradas mais de 5 mil patentes pela empresa.
Apesar do sucesso, não há nenhum designer na lista dos 17 funcionários premiados pela própria companhia graças a suas contribuições ao grupo, apenas engenheiros. A empresa espera mudar esse quadro muito em breve. Qual será o produto da empresa capaz de marcar para sempre uma geração?
Categorias