Imagine-se na seguinte situação: você está tranquilamente usando seu notebook durante um voo quando nota um ponto de acesso de WiFi com o nome “Samsung Galaxy Note 7” – sim, exatamente o nome daquele aparelho que passou por um gigantesco recall e foi proibido em aviões por enormes riscos de incendiar espontaneamente.
Parece uma situação ruim para estar a algumas centenas de metros do chão? Pois isso é o que alguns passageiros de uma viagem da Virgin America teriam supostamente passado alguns dias atrás, durante o voo 358 de San Francisco para Boston.
O bizarro caso foi relatado através do Twitter por Lucas Wojciechowski, e teria começado exatamente como descrito acima. Ao abrir seu computador, Lucas notou um hotspot com um nome bastante preocupante e resolveu contatar a tripulação de voo.
Open my laptop on the plane and notice a Galaxy Note 7 wifi hotspot https://t.co/y1csn9gOsZ pic.twitter.com/9Z5IJULuPs
— Lucas Wojciechowski (@lucaswoj) 20 de dezembro de 2016
“Abro meu laptop no avião e noto um ponto de acesso WiFi de Galaxy Note 7”
Uma vez que o aparelho apresentava um enorme risco para a segurança de todos, a equipe do voo logo passou a fazer anúncios em busca do culpado. Primeiro, com simples pedidos; depois, tendo que desviar o voo para vasculhar as malas dos passageiros em busca da suposta fonte do ponto de acesso.
About an hour into the flight there's an announcement "If anyone has a Galaxy Note 7, please press your call button"
— Lucas Wojciechowski (@lucaswoj) 20 de dezembro de 2016
“Com cerca de uma hora de voo há um anúncio ‘Se alguém tem um Galaxy Note 7, por favor pressione seu botão de ligação”
15 minutes later "This isn't a joke. We're going to turn on the lights" (its 11pm) "and search everyone's bag until we find it"
— Lucas Wojciechowski (@lucaswoj) 20 de dezembro de 2016
“15 minutos depois ‘Isso não é uma piada. Nós vamos ligar as luzes’ (são 11 da noite) ‘e vasculhar as malas de todos até acharmos ele”
an additional 15 minutes later "This is the captain speaking..."
— Lucas Wojciechowski (@lucaswoj) 20 de dezembro de 2016
“mais 15 minutos depois ‘Esse é o capitão falando...’”
Apparently the plane is going to have to get diverted & searched if nobody fesses up soon ??
— Lucas Wojciechowski (@lucaswoj) 20 de dezembro de 2016
“Aparentemente o avião vai ter que ser desviado e vasculhado se ninguém confessar logo”
"I don't know if you've ever been diverted at 3am... Let me tell you, it is terrible. There is nothing open in the terminal. Nothing."
— Lucas Wojciechowski (@lucaswoj) 20 de dezembro de 2016
“‘Eu não sei se você já foi desviado às 3 da manhã... Deixe-me dizer para você, é terrível. Não há nada aberto no terminal. Nada.’”
Felizmente, parece que tudo teria acabado bem. Isso porque, algum tempo depois, a equipe descobriu o culpado por trás de tudo – e não era um Galaxy Note 7, mas sim apenas um aparelho que havia usado o nome do infame phablet da Samsung como o nome de seu ponto de acesso.
"Ladies and gentlemen, we found the device. Luckily only the name of the device was changed to 'Galaxy Note 7'. It was not a GN7."
— Lucas Wojciechowski (@lucaswoj) 20 de dezembro de 2016
“‘Senhoras e senhores, nós achamos o dispositivo. Por sorte apenas o nome do dispositivo havia sido mudado para ‘Galaxy Note 7’. Não era um GN7.’”
Por que a pessoa causadora de todos esses problemas teria feito isso? Não sabemos, visto que o culpado não teria sido identificado. Como notado por algumas pessoas, porém, isso pode não ser só uma zoeira com os passageiros, mas sim apenas um probleminha que pode acontecer se você trocar de aparelho e exportar suas preferências do Note 7 para o novo dispositivo.
@lucaswoj The person might not have done this. I went from a Note7 to an S7 and the hotspot is actually still called Note7 on my S7. pic.twitter.com/dUHj75PBg3
— Steve Baxter (@stevebaxter999) 23 de dezembro de 2016
“A pessoa pode não ter feito isso. Eu fui de um Note7 para um S7 e o ponto de acesso ainda está se chamando Note7 no meu S7.”
Parece exagero para algo que, no fim das contas, se mostrou apenas uma “brincadeirinha”? Pois a Virgin America pensa diferente. Em declaração sobre o caso ao site Metro, a empresa afirmou que, “quando nossos Companheiros de Equipe em Voo veem evidências potenciais desse dispositivo à bordo, eles levam isso a sério.”
“Neste caso, não havia tal dispositivo – a segurança dos passageiros e equipe nunca esteve em questão”, afirmou um porta-voz da Virgin America. “Nenhum voo foi cancelado ou atrasado como resultado”, continuou.
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