Uma liga de laboratórios suíços promoverá uma competição internacional para atletas que usam próteses eletrônicas, o Cybathlon. Diferentemente das Paralimpíadas, em que os competidores usam próteses para executar uma performance tão boa quanto a de atletas sem deficiência física, competidores do Cybathlon serão encorajados a usar a melhor tecnologia e tirar vantagem disso.
A disputa será organizada em seis eventos: corrida (a pé), corrida de bicicleta, corrida de cadeira de rodas, corrida com exoesqueleto, corrida com próteses de braços e, para atletas com total paralisia, corrida com interface computadorizada ligada ao cérebro. Duas categorias de medalha premiarão cada evento, uma para o atleta e outra para o cientista ou companhia que manufaturou o dispositivo prostético.
Ampliar (Fonte da imagem: Divulgação/Cybathlon)
No site oficial da competição, a organização informa: “As regras da competição são elaboradas de forma que a tecnologia excepcional dará ao piloto uma vantagem sobre outro piloto que use uma comparável, mas menos avançada ou de tecnologia assistiva convencional. Haverá o mínimo de restrições técnicas possível, para, desta forma, encorajar os fornecedores a desenvolver as soluções mais notáveis e poderosas.”
Controvérsias da ideia
Isso levanta uma série de questionamentos éticos, como, por exemplo, a controversa vantagem que próteses robóticas dariam aos atletas “inválidos” sobre competidores em uma disputa — como no caso de Oscar Pistorius nas Olimpíadas de Londres em 2012. Poderíamos ver uma situação envolvendo uma glamourização de membros cibernéticos seguida de segregação que, até pouco tempo, estaria restrita a tramas de ficção científica? Pode parecer exagero ou excesso de dramatização, mas, uma vez que o aperfeiçoamento é incentivado, até que ponto isso iria?
O Cybathlon está sendo organizado pelo Centro Nacional de Competência em Pesquisa Robótica (NCCR) e está previsto para acontecer em outubro de 2016, em Zurique, na Suíça.
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