Eis aqui uma figura que tornaria qualquer distopia envolvendo o domínio de robôs sobre a humanidade bem menos assustadora. O novo robô inflável criado pela empresa Super-Releaser não possui quaisquer estruturas rígidas, embora seja plenamente capaz de se movimentar e o funcionamento surpreenda bem mais do que a velocidade, é verdade.
A chave da tecnologia da Super-Releaser se encontra no próprio nome do autômato: Glaucus. Trata-se de uma menção direta à espécie de lesma-do-mar que altera suas pressões internas para mover os membros. A diferença, naturalmente, está no fato de que o Glaucus utiliza ar em vez de água.
Tal e qual apertar um balão
(Fonte da imagem: Reprodução/YouTube)
Em outros termos, o funcionamento do Glaucus é semelhante a apertar uma bexiga em pontos distintos. Ao inflar setores específicos da estrutura de silicone — toda ela criada por uma impressora 3D —, a Super-Releaser cria diferenças de pressão entre as câmaras internas do robô.
São essas alterações de pressão que, quando sincronizadas, distorcem o material e fazem com que a estrutura se desloque — tal e qual faria o animal marinho mencionado acima... Ou mesmo um balão em formato de animal. “É algo similar à forma como uma salamandra se desloca, balançando a si mesma sobre pares de pernas diagonais, passando, então, de um para o outro”, explica a companhia.
(Fonte da imagem: Reprodução/Thingiverse)
“É uma prova do conceito criado pela Super-Releaser, por meio do qual é possível reproduzir praticamente qualquer modelo geométrico criado em computador sob a forma de uma pele de silicone”. Naturalmente, isso vai além da simples produção de robôs de natureza lúdica.
Potencial médico
(Fonte da imagem: Reprodução/YouTube)
Não, aparentemente a Super-Releaser não pretende criar uma nova linha de brinquedos (embora não deva surpreender se algo assim aparecer nas prateleiras das lojas em pouco tempo). Conforme reforça o informe oficial da empresa, a ideia é mostrar o potencial da tecnologia utilizada para colocar o Glaucus em movimento.
De acordo com a companhia, o princípio de funcionamento do robozinho deve encontrar várias aplicações médicas — podendo servir tanto como uma “luva inteligente” para o encaixe de próteses quanto para orientar diversas práticas fisioterápicas.
(Fonte da imagem: Reprodução/YouTube)
Para tanto, a boa notícia é que a tecnologia possui código aberto, de maneira que qualquer um pode utilizar a bexiga high-tech da Super-Releaser para suas próprias soluções criativas. Basta ter em mãos os arquivos hospedados na Thingiverse e uma boa impressora 3D.
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