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Em 2 de janeiro de 1920, na cidade russa de Petrovitchi, nascia um dos maiores nomes por trás das teorias que envolvem a robótica. Isaak Yudovich Ozimov foi um escritor e bioquímico responsável por diversas obras de ficção e divulgação científica. Asimov escreveu e revisou mais de 500 obras ao longo de sua vida, além de cerca de 90 mil cartas.
A obra mais famosa de Isaac Asimov é a série Fundação, referida muitas vezes como Trilogia da Fundação. Apesar disso, o conto “I, Robot” (“Eu, Robô”) ficou em evidência por algum tempo em meio ao público geral, graças à produção cinematográfica de mesmo nome, estrelada por Will Smith.
Com uma visão muito além da sua época, Isaac Asimov é considerado por muitos especialistas um dos autores mais produtivos de todos os tempos. A área da robótica era uma das mais exploradas pelo escritor, e ele acertou em muitas de suas previsões a respeito das tecnologias que temos hoje.
Prevendo o futuro
Por ser escritor de ficção científica, muito do que Asimov falava em sua época era considerado um absurdo, apenas fantasia de uma mente criativa. No entanto, o autor previu o surgimento de várias tecnologias utilizadas nos dias de hoje.
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Em 1988, o autor deu uma ideia de como seria a propagação do conhecimento no futuro. O modelo descrito por ele nada mais é do que a internet como conhecemos hoje. Nas palavras do autor: “[...]Uma vez que tenhamos computadores em casa, cada um deles ligado a bibliotecas enormes, qualquer pessoa pode fazer perguntas e ter respostas, obter materiais de referência sobre qualquer assunto em que esteja interessada em saber.”.
Qualquer semelhança da descrição acima com o Tira-Dúvidas — do Tecmundo —, a Wikipédia e vários outros serviços presentes na internet não é uma mera coincidência. O vídeo abaixo mostra o trecho de uma entrevista que Asimov concedeu a Bill Moyers, em 1988, falando sobre a importância da internet na educação.
As três leis e o futuro
Os robôs estão presentes em centenas de notícias espalhadas pela internet. A cada dia, novos humanoides são apresentados, os quais estão cada vez mais aptos de realizar atividades que antes eram consideradas exclusivamente humanas. Asimov previu o surgimento de robôs com a aparência de pessoas.
Em seu livro, “Eu, Robô”, o autor apresentou as três Leis da Robótica, as quais ditam as regras básicas para que robôs e seres humanos convivam de forma pacífica.
- 1ª lei: Um robô não pode ferir um ser humano ou, por ócio, permitir que um ser humano sofra algum mal.
- 2ª lei: Um robô deve obedecer às ordens que lhe sejam dadas por seres humanos, exceto nos casos em que tais ordens contrariem a Primeira Lei.
- 3ª lei: Um robô deve proteger sua própria existência, desde que tal proteção não entre em conflito com a Primeira e Segunda Leis.
Algum tempo depois, Asimov criou uma quarta lei (chamada Lei Zero), a qual diz: “Um robô não pode fazer mal à humanidade e nem, por inação, permitir que ela sofra algum mal”. Mesmo que não pareçam muito úteis no momento, as três Leis da Robótica são levadas à sério por muitos pesquisadores da área.
Embora o cinema e a literatura insistam em histórias com teorias conspiratórias, nas quais as máquinas se rebelam e tentam dominar os seres humanos, o respeito a esses princípios faz com que, na prática, seja pouco provável que algo do gênero possa acontecer em um futuro muito próximo.
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O objetivo de criar robôs como os mostrados por Asimov em seus livros – capazes de aprender e se adaptar ao ambiente – ainda é apenas um sonho. Porém, a cada dia estamos mais perto do que os modelos das novelas de ficção científica previam. Confira abaixo uma lista de artigos do Tecmundo falando um pouco sobre robôs e leis da ficção científica.
- Elmer e Elsie: os primeiros cérebros robóticos da História
- As leis da ficção científica e da tecnologia
- Um robô poderia recusar uma ordem humana, caso estivesse certo?
- Robô Asimo reproduz os movimentos de qualquer pessoa
- Robôs começam a descobrir os limites da resistência humana à dor
- Da ficção para a realidade: Eu, robô
Isaac Asimov é o pai dos robôs. Ele pode não ter sido o primeiro a idealizar o sonho de máquinas parecidas com seres humanos, mas certamente foi o primeiro autor a levar isso bem a sério, idealizando ambientes em que máquinas e pessoas convivem em trabalham juntos. E foi justamente esse pensamento no futuro que fez com que o autor e bioquímico russo naturalizado norte-americano conseguisse prever tantas tecnologias e modelos que são utilizados hoje.
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A vida de Asimov é muito interessante: ele possui uma coletânea bem grande de obras que levam o seu nome. Neste artigo, foram expostas apenas algumas das principais contribuições deste autor de ficção científica para as tecnologias mais atuais. Se você ficou interessado pelo assunto, vale a pena conferir algumas obras e identificar sozinho as semelhanças entre a ficção de Isaac e o que estamos vivendo hoje.
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