A ciência imita vida e isso é claro quando vemos os animais-robôs que fazem sucesso na internet. A grande verdade é que imitar os padrões de um ser vivo é uma tarefa extremamente complexa e muito difícil de reproduzir, mas há muitos exemplos que, cada vez mais, se assemelham a realidade. Contudo, pode ter certeza que nenhum atingiu o grau de similaridade quanto o desta raia.
O “ciborgue”é a mistura mais perfeita entre as engenharias mecânica e biológica da atualidade. Se você observar o padrão de movimentos do equipamento, verá que ele é muito orgânico, e há um motivo para isso: o corpo foi construído com o tecido muscular do coração de ratos e mesclado com um esqueleto mecânico baseado em uma raia.
Movimentação extremamente natural
Se você notar nos gifs abaixo, o robô conta com movimentos muito semelhantes ao de uma raia de verdade. Os pesquisadores conseguiram implementar um padrão de mobilidade quase exato ao de um animal real. A única diferença é que o ciborgue conta apenas com uma camada de músculos, enquanto os bichos contam com duas.
Confira a movimentação da raia-robô
A parte extra que foi deixada de lado no protótipo é a responsável por mexer as barbatanas (que se parecem com “asas”) do animal para cima. Contudo, os cientistas conseguiram reaproveitar a energia dos movimentos do robô para realizar o mesmo efeito, otimizando a navegação do projeto.
Quando estimulado pela luz, o robô contrai as partes móveis e anda para frente. O ciborgue é consideravelmente menor que a raia de verdade (com apenas 16 milímetros e 10 gramas) e ainda não é possível colocá-los lado a lado para testar a performance de cada um.
As células fotossensíveis podem guiar o protótipo híbrido para esquerda e para direita, além de controlar a velocidade dos movimentos. Por ora, já é possível completar um circuito de obstáculos, mas ainda não um uso prático para o robô, que é um marco incrível para a robótica aquática.
As diferentes velocidades de movimento do protótipo fotossensível
Ainda sem uso específico, mas um marco para a tecnologia
Até o momento, não há uma utilidade real para o protótipo, conforme supracitado, mas a realização dele abre um leque enorme de possibilidades na biotecnologia. O avanço da combinação de material sintético com tecidos orgânicos traz a criação de órgãos artificiais mais próxima da realidade, por exemplo.
Além disso, a mistura dos dois mundos também ilumina o caminho para projetos futuros com animais artificiais, pois a seção biológica torna os robôs mais rápidos, eficientes e práticos. Certamente, há pontos negativos também, pois materiais orgânicos tendem a ser mais frágeis e menos duráveis.
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