O sinal de alerta foi aceso para a RIM, fabricante do tradicional BlackBerry. A empresa anunciou nesta semana que teve prejuízo no último trimestre de US$ 125 milhões graças à queda nas vendas dos seus aparelhos. Por conta disso, a companhia anunciou que não vai informar mais as projeções fiscais, o que aumentou a desconfiança dos investidores.
Para complicar a situação, vários funcionários do alto escalão da RIM pediram demissão, o que pode tornar o futuro da Research In Motion ainda mais incerto. Por isso, o lançamento da próxima geração de aparelhos BlackBerry, que deve acontecer dentro de alguns meses, é encarado pelos especialistas como uma jogada de vida ou morte.
Thorsten Heins, ex-chefe de operações, assumiu o posto de CEO depois das saídas de Jim Balsillie e Jim Lazaridis de suas posições. Analistas da empresa Thomson Financial esperavam uma melhora nos rendimentos da companhia, mas o que se viu foi exatamente o contrário.
A RIM vendeu 11,1 milhões de celulares do último trimestre, 21% a menos do que foi comercializado nos três meses anteriores. Em contrapartida, o tablet PlayBook vendeu 150 mil unidades a mais, atingindo a marca de 500 mil aparelhos. Há dez semanas estudando o funcionamento da empresa, Heins afirmou que fará diversas mudanças na estratégia.
“Planejamos focar novamente no mercado empresarial e capitalizar nossa posição de liderança no segmento. A RIM está atrasada para o consumidor e vimos um desaceleração significativa na taxa de novos inscritos por causa disso”, destacou. Contudo isso não significa que o consumidor final será deixado de lado.
A RIM continuará produzindo os seus próprios aparelhos, mas isso não significa que ela não firmará nenhum tipo de parceria. A empresa está considerando licenciar o seu software para outras fabricantes de smartphone e vai em busca de um aparelho de alto desempenho para colocar no mercado.
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