Em 2014, a Renault chamou (e muito) a atenção ao trazer para o Salão de Paris o conceito EOLAB, um compacto que tem tudo que é necessário para se tornar o “Clio do Futuro”, em uma alusão direta ao pequenino carro que se tornou um dos grandes símbolos da Renault no mundo todo.
Com proximidade da edição 2016 do Paris Motor Show, a expectativa de que a montadora francesa traga novamente o EOLAB para sedimentar seu futuro é grande – com eficiência energética ditando o ritmo da indústria, os 100 quilômetros por litro entregues por um conjunto híbrido revolucionário continua sendo uma marca expressiva.
A economia acontece graças ao motor 1.0 de três cilindros do Twingo, que sozinho gera 78 cavalos, e outro propulsor elétrico que produz mais 70 cavalos e 20 quilos de torque, tudo alimentado por uma bateria de 6.7 kWh. Como o foco é economia, a velocidade máxima não passa de 120 km/h – o número, no entanto, não fica longe do que é visto no Clio de entrada lá na Europa.
A transmissão é de três velocidades e sem embreagem, já que o sistema convencional é muito pesado. Outra parte do EOLAB que foi pensada para aumentar sua eficiência é o design mais aerodinâmico que reduz o arrasto aerodinâmico. Para isso, a Renault segue a tendência da indústria automotiva com a retirada dos retrovisores laterais e optando pelas câmeras embutidas. O carro-conceito da Renault é cerca de 30% mais aerodinâmico que o Clio atualmente comercializado lá fora.
A busca por esse desempenho veio de um desafio proposto pelo governo francês de que a Renault produzisse um carro financeiramente viável e que consumisse apenas 2 litros de combustível a cada 100 quilômetros – ou 50 quilômetros por litro. A montadora foi lá e fez ainda melhor: dobrou a marca sugerida.
O EOLAB pode percorrer até 60 quilômetros apenas com o propulsor elétricos e há mais de uma centena de inovações técnicas na parte estrutural do sistema elétrico que permitem que ele alcance essas marcas.
Na parte de fora, o veículo conta com uma carroceria de aço que, graças a um processo diferente de estampa quente das peças, garante que o material seja ainda mais resistente. Outras peças são de alumínio, para garantir que o peso total seja mais baixo, por isso ele é utilizado tanto em partes da carroceria quanto no chassi. Por fim, o teto: ele é feito de magnésio, conta com um tratamento especial desenvolvido pela Renault para não corroer e pesa apenas 4,5 kg.
O interior é feito com termoplásticos e, antes que você torça o nariz, saiba que a montadora optou por esse tipo de material por seu potencial de reciclagem ao fim da vida do veículo. No geral, o EOLAB é 255 quilos mais leve que o Clio.
A parte tecnológica, é claro, não poderia ficar de lado: o conceito vem com uma pegada futurista que se reflete nas funcionalidades e no design do interior. Uma tela de 11 polegadas ajuda o motorista a cuidar de informações a respeito do consumo e da condução e pode ser utilizada em diferentes ângulos, como se fosse um tablet embutido.
O Salão de Paris acontece a partir do dia primeiro de outubro. Enquanto a Renault aposta nos compactos, a Citroën também se apressou para mostrar sua visão do futuro com o Cxperience, um sedã do tipo saloon. Portanto... En garde, Peugeot!
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