Não é difícil achar quem passe horas a fio com o dedo deslizando pela tela do celular, fazendo movimentos para a esquerda ou para a direita conforme achar necessário. Sim, estamos falando do povo fanático pelo Tinder, sempre atrás de uma amizade ou um “algo mais”. Agora, imagine ter que investir uma grana para participar da brincadeira? É o que está acontecendo com o The League, um tipo de Tinder “premium” que só aprova os “mais interessantes” entre os candidatos ao serviço – com uma fila de espera de quase 100 mil pessoas.
Para fazer a triagem e decidir se você é descolado – ou digno – o suficiente para participar da plataforma de relacionamentos, o aplicativo utiliza um algoritmo avançado que faz uma busca pelas redes sociais do futuro usuário. A grande sacada, segundo Amanda Bradford, CEO e fundadora do The League, é que a ferramenta leva em consideração aspectos mais sérios da vida pessoal do candidato, como currículo e atividades no LinkedIn, local de estudo e formação em geral. A medida visa tornar mais segura e precisa a escolha de futuros pretendentes.
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Entrar é difícil e pode sair caro
Como todas essas peculiaridades, seria estranho se ingressar na tal rede fosse muito fácil, não é mesmo? Para participar, é preciso se cadastrar e esperar a sua vez na gigantesca fila do site oficial do app ou dar a sorte de ter um amigo já dentro do serviço, uma vez que os veteranos podem enviar passes VIP para conhecidos. Porém, na última terça-feira (3), o Craigslist – popular classificado online dos EUA – exibiu um anúncio no qual eram oferecidos convites para o The League por US$ 100, pouco menos de R$ 300 na cotação atual.
Anúncio feito no Craigslist.
Não demorou para que a criadora do serviço pedisse para que a oferta fosse tirada do ar. Apesar de a CEO não saber ao certo quem criou o anúncio, ela acredita que seja obra de algum beta tester do aplicativo que ainda possui uma bela cota de convites à disposição. Ainda que pareça loucura, é fácil entender o alvoroço em torno do serviço, já que, aparentemente, quanto mais restritiva for uma plataforma, mais os usuários costumam se interessar por ela.
O The League levantou US$ 2,1 milhões – vindos diretamente do bolso de investidores do Vale do Silício – assim que foi anunciado, mostrando que a ideia tem apoiadores de peso. Por enquanto, o serviço se restringe à região de São Francisco, nos EUA, mas um plano de expansão já foi traçado, com Nova York se tornando em breve o segundo destino da empresa. Reservado atualmente para os proprietários de iPhone, já foi confirmado que o aplicativo deve ganhar uma versão para Android no futuro.
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