Você já ouviu falar na rede social Ello? Trata-se de um serviço criado para quem não quer mais saber do Facebook, prometendo ser justamente o oposto do que a rede de Mark Zuckerberg se tornou. Apesar de ainda ser pouco acessado no Brasil, o Ello tem crescido bastante nos Estados Unidos e há relatos de que pelo menos 4 mil pessoas se cadastram nele todos os dias.
Mas o que há por trás do Ello? O que faz do serviço uma solução para quem está cansado do Facebook? Aliás, ele é mesmo um “anti-Facebook”, como é anunciado pela imprensa internacional? É o que nós vamos descobrir agora mesmo! Será que depois de ler este texto você ficará com vontade de trocar a sua rede social favorita?
O que é possível fazer na rede?
Por enquanto, os usuários podem postar fotografias (incluindo GIFs animados), textos e outros conteúdos similares. É possível saber quantas pessoas viram cada postagem, comentar, responder a comentários e interagir com os materiais publicados com bastante facilidade — sem nada de muito novo ou revolucionário, como você pode perceber. Porém, é válido dizer que isso não se aplica a tudo.
Existe uma seção do serviço que é chamada de “Noise”. Nela, usuários de todas as partes do mundo (incluindo os que não são seus amigos) podem compartilhar conteúdos como se fosse uma galeria de arte online. De resto, não há grandes novidades.
Não existem anúncios
Ao contrário do que aconteceu com o Facebook, o Ello não foi criado por cientistas da computação ou programadores com altíssimo conhecimento em códigos. A verdade é que ele foi conceituado por designers e artistas, tendo o código adicionado a isso em uma segunda etapa do processo de desenvolvimento. Querendo evitar que qualquer imagem ou vídeo destoe do conceito, os responsáveis não querem anúncios poluindo as timelines.
É importante lembrar que grande parte das redes sociais surgiu com esse formato, mas o Ello deixa algo bem claro: “Se nós quebrarmos esse compromisso, perderemos grande parte da comunidade Ello, incluindo nós mesmos. Isso porque nós não gostamos de anúncios mais do que quase qualquer outra pessoa do planeta!”. De qualquer modo, eles também deixam claro que existe um botão “Deletar conta” em todas as páginas de configurações.
Além disso, foi revelado pelos desenvolvedores que o Ello não utiliza recursos de coleta de dados dos usuários — o que é considerado como “assustador” por eles. Isso significa que todos os registros dos usuários na rede social ficam armazenados na própria rede, não havendo venda de dados para terceiros e nem utilização disso para fazer com que propagandas direcionadas sejam criadas.
De onde vem o dinheiro, então?
Assim como o Facebook, o Twitter e outras redes sociais, o Ello é gratuito e não possui a pretensão de se tornar um serviço pago. Porém, sem anúncios, é preciso admitir que o projeto se torna bastante pretensioso. É por isso que os desenvolvedores afirmam que o Ello terá um sistema parecido com o de jogos Freemium. No futuro, recursos especiais serão ativados por meio de pagamento, mas ainda não se sabe quando e qual a natureza deles.
Beta até demais
O Ello ainda está em fase Beta e isso se reflete na enorme quantidade de bugs que são encontrados. Segundo o The Next Web, é difícil navegar por longos períodos de tempo sem que haja algum tipo de erro no sistema — o que pode ser encarado com insegurança por parte dos usuários. Com ideias simplistas e artísticas, é difícil que ele concorra com o Facebook algum dia, mas certamente se trata de uma boa rede social para alguns nichos.
Vale mencionar que você só poderá fazer o cadastro no Ello se obtiver um convite para a fase Beta. Isso não funciona do mesmo modo que o Orkut no início de sua vida — quando as próprias pessoas convidavam seus amigos —, mas com base em distribuição do próprio serviço. Qual será o destino do Ello?
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