Meta revoga proibição de palavra polêmica em posts do Facebook e Instagram

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A Meta decidiu revisar as políticas de moderação sobre o uso da palavra islâmica "Shahid". A reavaliação é uma recomendação do Conselho de Supervisão, órgão da Meta voltado para a avaliação sobre moderação de conteúdo.

A palavra "Shahid" (ou "Shaheed", em inglês) é um termo islâmico comum no Paquistão. Por vezes traduzida como "mártir", a expressão é usada para adjetivar um nome de uma pessoa morta em busca de uma causa honrosa ou em um acidente, segundo a descrição do site Dawn.

Em atualização publicada na terça-feira (2), a empresa anunciou que testou uma nova abordagem para moderar o uso dessa palavra após observações do Conselho de Supervisão. A análise mostrou que é mais válido remover publicações que incluam a palavra "Shahid" associada a conteúdo proibido nas diretrizes das plataformas.

Dessa forma, os mecanismos de supervisão da Meta conseguiriam conter a disseminação de conteúdo proibido, mas sem necessariamente proibir a palavra em questão.

As publicações com o termo "Shahid" agora serão avaliadas com mais cuidado nas plataformas da Meta.As publicações com o termo "Shahid" agora serão avaliadas com mais cuidado nas plataformas da Meta.Fonte:  GettyImages 

Em março deste ano, o Conselho de Supervisão criticou a Meta por proibir o uso do termo de forma quase absoluta. A entidade argumentou que a empresa ignorava a "complexidade linguística" da expressão.

O Conselho argumenta que a palavra em questão pode ser usada em referência para indivíduos perigosos, mas de forma neutra, incluindo em discussões acadêmicas ou debates sobre direitos humanos.

Agora, as publicações que contenham a palavra "Shahid" passarão por uma avaliação mais cuidadosa e não serão removidos de imediato, a não ser que estejam vinculados a outro conteúdo proibido.

"O Conselho de Supervisão está satisfeito com o anúncio da Meta de hoje em que se compromete a implementar as recomendações do Conselho e introduzir mudanças significativas para uma política injusta que censurou milhões de pessoas em suas plataformas", comunicou o Conselho.

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