Parece que a porta para publicações em nome de falsos remetentes continua aberta no Twitter. O assunto, que repercutiu fortemente em 2020 – quando um grupo de adolescentes invadiu a plataforma e tuitaram como Elon Musk e Barack Obama – voltou à tona terça-feira (24), com uma nova denúncia.
De acordo com o Washington Post, um ex-funcionário da empresa afirmou, perante membros do Congresso e de uma equipe da Comissão Federal de Comércio (FTC) dos EUA, que qualquer engenheiro do Twitter consegue atualmente ativar um programa interno – conhecido até pouco tempo como “GodMode” – e tuitar a partir de qualquer conta.
A continuação do uso da prerrogativa, que permanece ativa três meses após a aquisição da companhia por Elon Musk, já havia sido denunciada em outubro à FTC pelo escritório de advocacia sem fins lucrativos Whistleblower Aid.
Fonte: Shutterstock/Reprodução.Fonte: Shutterstock
O que diz o novo denunciante?
Segundo o denunciante, depois do hack de 2020, os executivos do Twitter prometeram eliminar a perigosa ferramenta. No entanto, na entrevista de terça-feira, o delator afirmou que os engenheiros apenas mudaram o nome do recurso para "modo privilegiado", cujo objetivo original é permitir que a equipe da empresa publique em nome de anunciantes que não conseguem fazê-lo.
Quando o primeiro denunciante Peter Zatko afirmou em agosto do ano passado que o "God Mode" continuava ativo, o Twitter reabriu o caso e descobriu mais fatos preocupantes. A investigação mostrou que os engenheiros conseguiam excluir ou restaurar tweets de qualquer usuário, como também não existe um registro de log que deixe pistas sobre eventuais abusos dos privilégios.
Contatada por email pelo Washington Post, a atual chefe de confiança e segurança da empresa, Ella Irwin, não prestou qualquer tipo de esclarecimento sobre a denúncia. O ex-CEO do Twitter, Parag Agrawal, também não respondeu a um pedido de comentários postado na rede social.
Fontes
Categorias
