A rede social conservadora Parler expôs acidentalmente e-mails pessoais de “membros de elite” e investidores na última segunda-feira (17). Segundo as informações, a lista inclui contatos de políticos, influenciadores e jornalistas que utilizam a plataforma.
Aparentemente, na pressa de revelar a notícia da aquisição da empresa pelo rapper Kanye West, os executivos enviaram uma mensagem aberta para todos os usuários. No caso, a maneira correta seria enviar um e-mail direcionado ao “grupo VIP” com os endereços em cópia oculta para evitar o compartilhamento das informações.
Imagem do e-mail enviado pelo Parler que acidentalmente expôs os contatos de várias figuras públicas.Fonte: Twitter/Reprodução
Segundo Adam Ryan, criador da newsletter sobre negócios Workweek, a lista “vazada” traz e-mails de usuários “Gold Badges” do Parler. Equivalente ao “Verificado” do Twitter, o selo é concedido a perfis de figuras públicas, veículos de mídia, empresas e organizações.
Então, funcionários do senador norte-americano Ted Cruz e do ex-presidente Donald Trump tiveram os contatos expostos. Supostamente, até o e-mail pessoal de Ivanka Trump, filha do ex-governador dos EUA, estaria na longa listagem.
A exposição acidental do Parler não agradou aos membros “Gold Badges” e gerou reações diversas. Por exemplo, uma das pessoas ironizou dizendo ser “um prazer ter as informações expostas ao lado de um grande time”.
Já alguns usuários disseram terem sido pegos de surpresa, visto que teriam perdido o interesse na plataforma. Pessoas banidas da rede social também receberam a mensagem, como no caso de L. Lin Wood, ex-advogado de Donald Trump.
Parler foi alvo de um grupo de hacktivistas em 2021.Fonte: Hollie Adams/Getty Images
Segundo grande vazamento
De acordo com o Gizmodo, o Parler ainda não reconheceu o erro ou realizou ações para corrigir o “vazamento”. Entretanto, essa não foi a primeira vez que contatos pessoais de membros da rede social foram divulgados publicamente.
A Epik, provedora da plataforma e de outros sites de extrema-direita, foi alvo do grupo hacktivista Anonymous em setembro de 2021. Diversos dados públicos registrados nos servidores foram vazados e disponibilizados para download.
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