Um aluno de 17 anos detonou nesta terça-feira (18) uma bomba caseira dentro da sala de aula de uma escola de ensino médio em uma comuna de Santiago, no Chile, ferindo pelo menos 14 colegas. O diretor do centro educacional Peñalolén, Sergio Cordero, disse à imprensa local que o artefato foi feito de "ácido muriático e papel alumínio, que ele colocou dentro de uma garrafa".
Logo depois da explosão, equipes de emergência, autoridades locais e a polícia chegaram rapidamente à escola. Segundo Cordeiro, o aluno responsável pelo incidente foi detido e afirmou ter aprendido a fazer o dispositivo explosivo caseiro em um vídeo publicado no TikTok.
Em sua conta oficial no Twitter, a municipalidade de Peñalolén afirmou: "Estamos com nossas equipes de saúde e segurança humana atendendo e oferecendo apoio nas ações de contenção. Fomos informados de ferimentos leves devido a traumas acústicos e alguns dermatológicos".
Um retorno explosivo às aulas
Ante la noticia del lamentable hecho ocurrido en un colegio partic subv de @penalolen, estamos con nuestros equipos de salud y seguridad humana atendiendo y ofreciendo apoyo en acciones de contención. Se nos informa de lesiones leves por trauma acústico y algunas dermatológicas.
— Peñalolén (@penalolen) October 18, 2022
Depois de dois anos de ensino feito por videochamada – devido à pandemia da covid-19 – o retorno às aulas no Chile tem sido marcado por casos de ansiedade e episódios de violência entre os alunos do ensino médio, professores e pais.
Falando desse contexto escolar, a prefeita de Peñalolén, Carolina Leitão, entende que "é a violência que se instala nos bairros que está representada. Essa violência se reflete nas diferentes instâncias da sociedade. Temos que cuidar disso".
Mas parece que o modelo educacional chileno, marcado pela privatização do ensino público e a livre concorrência entre as escolas, está vivendo uma crise. Segundo dados da Superintendência de Educação do país andino, os casos atuais de abusos físicos e psicológicos entre os estudantes no país aumentaram 22% quando comparados ao nível pré-pandemia.
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