Na última terça-feira (29), um comissário da Comissão Federal de Comunicações dos Estados Unidos (FCC) requisitou que o Google e a Apple removessem o TikTok de suas respectivas lojas de aplicativos. Agora, a companhia chinesa respondeu ao FCC e confirmou que alguns funcionários têm acesso às informações de consumidores estadunidenses.
A motivação do órgão norte-americano iniciou após o surgimento de algumas informações sugerindo que a rede social chinesa pode estar espionando as informações pessoais dos usuários nos Estados Unidos.
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Segundo o comissário, o TikTok funciona como um tipo de ferramenta de vigilância sofisticada que coleta dados de pessoas e as envia para autoridades chinesas.Fonte: Unsplash
A ByteDance, dona do TikTok, esclareceu que alguns funcionários podem acessar as informações, mas devem passar por uma série de procedimentos de segurança e protocolos de aprovação. Todo o processo também ocorre com supervisão de uma equipe de segurança com sede nos Estados Unidos.
“Está claro que o TikTok representa um risco de segurança nacional inaceitável devido à sua extensa coleta de dados combinada com o acesso aparentemente não controlado de Pequim a esses dados confidenciais”, disse o comissário da FCC, Brendan Carr, à Apple e ao Google.
TikTok promete mudanças
De qualquer forma, a companhia responsável pelo TikTok se comprometeu a alterar os protocolos de segurança para proteger os dados pessoais de usuários e defender a segurança nacional dos Estados Unidos. Recentemente, a empresa fechou uma parceria com a Oracle para criar a nova metodologia de segurança, o que pode ajudar a evitar o banimento.
Apesar de a ByteDance ter uma sede nos EUA para o TikTok, além de ter migrado todos os dados de usuários norte-americanos para servidores no país, a rede social ainda processa informações em servidores em Cingapura. Após finalizar o acordo com o FCC, o TikTok deve excluir todos os dados de usuários estadunidenses em servidores fora do país e deixá-los apenas em servidores da Oracle nos EUA.
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