O governo da Rússia anunciou, nesta sexta-feira (04), que bloqueou o Facebook no país. Os russos disseram que a medida foi tomada para conter a “discriminação” que os veículos de mídia estatais estavam sofrendo da Meta, holding dona da rede social.
Em um comunicado oficial divulgado pelo Roskomnadzor (Serviço Federal de Supervisão de Comunicações, Tecnologia da Informação e Meios de Comunicação de Massa da Rússia), o órgão pontua que desde outubro de 2020, foram contados 26 supostos casos de discriminação contra as empresas russas.
Na semana passada, o Facebook chegou a restringir as publicações do canal de TV Zvezda, das agências de notícias RIA Novosti, Sputnik, Russia Today e os sites Lenta.ru e Gazeta.ru, alegando que os veículos estavam divulgando desinformação sobre a guerra na Ucrânia. Depois que a rede social anunciou as medidas, o governo do país fez o mesmo e restringiu parcialmente a plataforma.
No documento divulgado hoje, o Roskomnadzor pontua que as restrições que foram feitas pelo Facebook são ilegais de acordo com uma lei federal que fala sobre violações dos direitos humanos e liberdades fundamentais dos cidadãos russos. De acordo com o governo, a legislação serve para “evitar violações dos princípios-chave do livre fluxo de informações e do acesso irrestrito dos usuários russos à mídia russa em plataformas estrangeiras da Internet”.
A Rússia tem sofrido com medidas não somente da Meta, mas também da Apple, YouTube, Microsoft e dezenas de outras empresas, além das sanções econômicas de países do Ocidente. As ações surgem como resposta à invasão dos russos na Ucrânia, que começou na semana passada.
Além do Facebook, o Twitter também teria sido bloqueado em território russo. De acordo com o Roskomnadzor, o acesso à rede social fica restrito em todo o país, com base em uma demanda da Procuradoria-Geral local de 24 de fevereiro.
*Matéria atualizada em 04/04/2022, às 18h47, com informações sobre o bloqueio do Twitter na Rússia.
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