Na última sexta-feira (25), o ministro Alexandre de Moraes determinou ao Telegram o banimento de perfis. Para evitar ser bloqueado por 48 horas no país, também sujeito a multa de R$ 100 mil por dia (por perfil), a plataforma removeu no sábado (26) três contas ligadas a Allan dos Santos, blogueiro apoiador do presidente Jair Bolsonaro.
De acordo com a nota do Supremo Tribunal Federal (STF), Allan é "um dos investigados pela suspeita de liderar esquema de financiamento de milícias digitais no Brasil". Conforme noticiado pela Agência Brasil, a notificação foi feita a um escritório de advocacia que responde pelo Telegram no Brasil. O escritório foi identificado e revelado, primeiramente, pelo jornal Folha de S.Paulo neste mês.
Tecnologia, negócios e comportamento sob um olhar crítico.
Assine já o The BRIEF, a newsletter diária que te deixa por dentro de tudo
Em vídeos repercutidos nas redes sociais, Allan cita que os canais não foram bloqueados internacionalmente, já que usuários dos Estados Unidos ainda podem acessá-los. Na ordem divulgada no final da última semana, Moraes não havia revelado a quantidade de canais ou a quem pertenciam
O Telegram, que vinha ignorando as ordens de instituições brasileiras, agora "se esquiva" de um banimento no Brasil após responder ao STF. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) também já tentou investidas com o aplicativo, embora não tenha obtido sucesso. Por outro lado, há uma parceria em andamento com redes sociais como Facebook, Instagram, Twitter, TikTok e outras para evitar a disseminação de notícias falsas durante as eleições nacionais.
O receio das autoridades brasileiras é exatamente a facilidade de disseminação de conteúdo pela plataforma. O Telegram permite criar grupos com milhares de participantes, embora não tenha demonstrado interesse em colaborar para barrar informações falsas.
Categorias