O YouTube e o TikTok são os aplicativos de mídia social que mais coletam dados pessoais dos usuários, atualmente. A conclusão é de um estudo realizado pela empresa de marketing URL Genius, publicado no final de janeiro.
De acordo com o levantamento, foram encontrados 14 rastreadores em cada um dos apps recordistas, superando de forma significativa a média de seis identificados nos demais serviços analisados. Telegram, WhatsApp, Facebook, LinkedIn, Instagram, Messenger e Twitter foram algumas das outras plataformas pesquisadas.
No caso do YouTube, 10 dos rastreadores detectados pertencem à plataforma de vídeos do Google, dando a entender que o monitoramento da atividade do usuário é para seus próprios fins. Os outros quatro eram ligados a domínios de terceiros, possibilitando a visualização das informações coletadas por outras empresas.
YouTube e TikTok se destacaram no rastreamento em relação aos demais apps.Fonte: URL Genius/Divulgação
Já no TikTok, apenas um dos rastreadores é do próprio app de vídeos chinês, enquanto os 13 restantes são ligados a terceiros. Outro detalhe revelado é que a coleta dos dados feita por essas empresas desconhecidas acontece mesmo se o usuário não permitir, nas configurações de cada programa, como afirma o estudo.
Para onde vão os dados?
Para onde vão os dados coletados pelos apps de mídia social? Essa é uma pergunta bastante comum entre os usuários das plataformas, preocupados em saber também o que é feito com as informações pessoais rastreadas nesses serviços online, capazes ainda de monitorar sua atividade em outros sites, mesmo após fechar o aplicativo.
Em relação aos rastreadores das próprias plataformas, os dados são utilizados para direcionar anúncios personalizados e alimentar sugestões de vídeos e postagens conforme o seu histórico, por exemplo, entre outras situações. Mas nas coletas feitas por terceiros, é impossível saber para onde vão e o que é feito com as informações.
Como observou o estudo, também é difícil descobrir quais tipos de dados estão sendo rastreados por essas empresas não reveladas. A situação fica pior no TikTok, devido ao grande número de rastreadores externos, lembrando que a empresa já foi alvo de críticas por esse método e esteve a ponto de ser banida dos Estados Unidos pelo então presidente Donald Trump.
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