A empresa Meta, dona de marcas como Oculus, Facebook e WhatsApp, ampliou os testes com o público da sua plataforma do metaverso. O Horizon Worlds foi liberado para alguns milhares de voluntários nos Estados Unidos e Canadá, dando a eles a chance de visitar praças públicas e participar de brincadeiras, conversas e eventos.
Só que o serviço virtual já parece real até demais: diferentes comportamentos abusivos foram denunciados nas últimas semanas, incluindo o que já é considerado o primeiro assédio registrado na história desse metaverso.
Metaverso da empresa tem espaços de socialização e divertimento.Fonte: Oculus
Segundo o The Verge, o caso aconteceu com uma mulher que participava de um teste e reportou nos fóruns do Horizon Worlds que teve o avatar "apalpado" por um desconhecido. "Assédio sexual não é brincadeira na internet normal, mas estar em Realidade Virtual adiciona toda uma nova camada que faz o evento ficar ainda mais intenso", escreveu a vítima.
"Absolutamente infeliz"
Sem ter o nome divulgado, a voluntária ainda denunciou que várias pessoas ao redor "apoiaram o comportamento" e não prestaram ajuda, o que só a deixou ainda mais desconfortável. O incidente ocorreu no Plaza, o principal ambiente público do Horizon Worlds.
Em conversa com o The Verge, o vice-presidente do projeto, Vivek Sharma chamou o caso de "absolutamente infeliz" e diz que a companhia já analisou o ocorrido.
Entretanto, ele também colocou parte da culpa na própria participante: Sharma relatou que em nenhum momento ela não utilizou os mecanismos de segurança do metaverso, a chamada Safe Zone ("Zona Segura").
Como mostra o vídeo, ela abre um menu especial e cria uma "bolha" em seu avatar, permitindo que você fique isolado, coloque pessoas ao seu redor no mudo ou em modo de bloqueio, além de permitir a denúncia.
A Meta ainda reconheceu que a denúncia foi importante e pode utilizar esse tipo de caso para facilitar a abertura do modo de segurança em versões futuras, tornando a ação intuitiva.
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