O metaverso exigirá uma série de novos dispositivos e equipamentos para sair dos sonhos de Mark Zuckerberg para a realidade. A Meta, antiga Facebook, decidiu investir pesado na nova tecnologia e anunciou que investirá US$ 10 bilhões ainda em 2021 para colocar a ideia em prática.
Como a empresa é dona da Oculus, a criação de produtos voltados para experiências imersivas já está bastante avançada. Veja alguns dos protótipos que a big tech vem desenvolvendo.
1. Projeto Ária
Parece óculos comum, mas é cheio de sensores. (Fonte: Meta/Reprodução)Fonte: Meta/Reprodução
Os dispositivos do Projeto Ária pretendem ser imperceptíveis na vida cotidiana e se assemelham a óculos comuns, mas tem uma plataforma e sensores para captar vídeo, áudio, localização e rastreamento ocular do usuário.
O equipamento terá capacidade para criptografar e armazenar informações que, quando carregadas em um espaço de armazenamento separado, ajudará os pesquisadores da Meta a descobrir como a realidade aumentada (RA) pode funcionar no mundo real.
2. Luvas táteis
Luva tátil pode proporcionar sensações físicas a partir de objetos virtuais. (Fonte: Meta/Reprodução)Fonte: Meta/Reprodução
Zuckerberg já apareceu usando uma luva tátil para ser utilizada dentro da realidade virtual (RV). O protótipo envolve dispositivos atuadores macios que se movem em conjunto a partir de motores suaves para provocar sensações físicas para o usuário da luva. O equipamento conta com um chip de microfluido que controla o fluxo de ar gerador dos movimentos.
O equipamento é capaz de simular a sensação de agarrar um objeto, sentir a textura de uma superfície ou ainda o peso e rigidez de um objeto virtual. A tecnologia vem sendo desenvolvida há mais de sete anos, mas ainda não está pronta para ser lançada comercialmente.
3. ReSkin
Meta quer proporcionar o sentido do tato para os robôs.Fonte: Facebook/Reprodução
Além de permitir que seres humanos sintam objetos no mundo virtual, a Meta quer que os robôs também tenham essa sensação no mundo real. Para tanto, a companhia está trabalhando um sensor tátil de até 3 mm de espessura que foi batizado de ReSkin, que utiliza sinais magnéticos para “sentir” forças tão baixas quanto 0,1 newtons de objetos com 1 mm de largura.
De acordo com a Meta, o dispositivo de tato deve fornecer uma fonte de dados de contato valiosa que pode ser útil no avanço da Inteligência Artificial (IA) em tarefas como a classificação de objetos e a percepção do próprio corpo robótico no espaço.
4. Controladores baseados em pulso para RA
Pulseiras podem simular pressão de arco e flecha virtuais no metaverso. (Fonte: Meta/Reprodução)Fonte: Meta/Reprodução
Em março, a Meta apresentou pulseiras que detectam os movimentos das mãos. A partir da eletromiografia (EMG), o dispositivo pode detectar sinais elétricos gerados pelos movimentos do pulso e dos dedos para traduzi-los em comandos.
Isso torna possível o uso de um teclado projetado em qualquer superfície plana por óculos de realidade aumentada, por exemplo. Na demonstração da tecnologia, a Meta utilizou dois protótipos chamados Bellowband e Tactile and Squeeze Bracelet Interface (Tasbi).
No Bellowband, oito foles pneumáticos controlam o ar interno para gerar sensações táteis. Já o Tasbi usa seis atuadores vibrotáteis e um mecanismo exclusivo de compressão de pulso para fornecer sensações como puxar uma flecha em um arco virtual.
5. Projeto Cambria
Com previsão de chegar ao mercado em 2022, o projeto Cambria pode ser considerado uma versão mais poderosa do Oculus Quest 2. Relatórios apontam que o novo headset da Meta terá um processador mais potente, com uma tela de alta resolução e rastreamento de movimento de mãos aprimorado.
O equipamento poderá ser controlado por joysticks ou controles manuais e deve trabalhar com realidade mista, ou seja, tanto com RA, quanto com RV. O headset incluirá rastreamento facial e ocular em tempo real, permitindo que as pessoas expressem suas emoções no metaverso.
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