O Facebook começou a implementar uma série de alterações internas para reduzir a quantidade de vazamentos de documentos e orientações, além de restringir acesso a documentos e decisões tomadas por algumas das equipes da companhia. Ironicamente, a decisão acabou vazando e foi publicada pelo The New York Times.
A medida envolve tornar privados diversos grupos do time de "integridade" no Workplace, o serviço de chat e organização corporativa do próprio Facebook. Dessa forma, apenas os colaboradores diretamente envolvidos com assuntos de integridade, segurança da plataforma e controle de conteúdo durante períodos eleitorais terão acesso e podem comentar em determinados conteúdos e documentos.
A medida é uma clara resposta aos recentes vazamentos envolvendo Frances Haugen, uma ex-executiva insatisfeita sobre como o Facebook lidou com assuntos delicados, incluindo a saúde mental dos usuários. A delação encorajou ao menos mais uma antiga analista de dados, Sophie Zhang, que também deve testemunhar contra más práticas da rede social em relação ao combate contra conteúdos ofensivos.
E a transparência?
Segundo o jornal The New York Times, que teve acesso aos detalhes da mudança mesmo após os pedidos dos gerentes para que nada mais fosse vazado, os funcionários ficaram divididos com a novidade: há quem acuse a rede de falta de transparência ao limitar a visibilidade de certos conteúdos, especialmente em um momento tão crítico para a empresa.
Já outros acreditam que essa é uma forma correta de impedir interpretações erradas que possam prejudicar a marca.
"Vazamentos reduzem a efetividade, eficiência e moral das equipes trabalhando todos os dias para encarar os desafios que vêm com operar uma plataforma para bilhões de pessoas", afirmou um porta-voz do Facebook, que ainda alegou que a medida interna estava em planejamento há alguns meses.
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