O recurso de oferta de vagas de emprego pelo TikTok e o recebimento de "currículos" na forma de vídeos na rede social foi criticado por especialistas ouvidos em uma reportagem do site Bloomberg.
A novidade foi divulgada em julho de 2021 e já foi utilizada por algumas companhias nos Estados Unidos para auxiliar no processo de contratações. Esse não é o único e último passo que define quem ganha o emprego, mas pode ser uma etapa importante de seleção (e eliminação) de candidatos.
Até por isso, há quem desconfie que o processo com curadoria de um algoritmo e recursos limitados por um serviço possa servir para deixar muitos candidatos de fora por motivos considerados injustos.
O que pode acontecer?
Professor de mídia digital e publicidade da University of Southern California, Freddy Tran Nager acredita que pessoas de baixa renda podem ser as mais prejudicadas: além de equipamentos de menor qualidade, elas podem ter menos acesso a conteúdos de edição e até objetos ou cenários mais elaborados para a produção de currículos em forma de vídeo.
Além disso, Nager cita ainda implicações legais: o envio de currículo com foto como primeiro critério de um processo seletivo pode ser considerado ilegal em algumas regiões.
O algoritmo do TikTok também é questionado por recrutadores ouvidos pela Bloomberg. Afinal, há poucos detalhes sobre como a curadoria da plataforma funciona, sendo que várias das informações contidas em um clipe poderiam ser coletadas a partir de uma entrevista presencial ou videoconferência. Vale lembrar ainda que denúncias recentes apontaram discriminação do serviço em relação a corpos fora de um padrão de beleza e até de classes sociais.
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