No último domingo (28), a rede social Gab, voltada exclusivamente para o público de extrema-direita, foi hackeada. Segundo o site de notícias norte-americano Wired, os dados dos usuários já estão sendo compartilhados com os jornalistas. Entre as informações vazadas, estaria a senha de personalidades como o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump e da congressista republicana, Marjorie Taylor Greene.
O Gab é uma plataforma que permite postagens com poucos caracteres, ferramenta semelhante ao Twitter. Entre os valores da rede social, destaca-se a liberdade de expressão, ou seja, não há qualquer tipo de censura. Assim, desde o bloqueio de Donald Trump do Twitter em janeiro, uma série de outros usuários também migraram para a plataforma.
Os dados foram vazados pelo Distributed Denial of Secrets, grupo de hacktivistas, que inspirado no WikiLeaks, explora vulnerabilidade em sites para divulgar denúncias. Segundo o grupo, as informações coletadas não serão divulgadas publicamente devido à sensibilidade dos assuntos tratados e só serão compartilhadas com jornalistas, cientistas sociais e pesquisadores.
São mais de 70 gigabytes de dados, o equivalente a 40 milhões de postagens. "O vazamento contém praticamente tudo sobre o Gab, incluindo todas as postagens, perfis públicos, mensagens de grupos privados, senhas de usuários e senhas de grupo, tudo que alguém precisa para executar uma análise quase completa dos usuários e do conteúdo da rede social", diz Emma Best, cofundadora da DDoSecrets, para o Wired.
Segundo ela, o documento é uma 'mina de ouro' para pessoas que pesquisam sobre milícias, neonazistas, extrema-direita, QAnon e sobre o que aconteceu no dia 6 de janeiro no Capitólio dos EUA.
Em nota, a rede social disse que só ficou sabendo da invasão por meio de jornalistas que tentaram contato com o CEO, Andrew Torba. Segundo a empresa, a rede social utiliza um tipo de embaralhamento de informações via algoritmo que protege a senha do usuário.
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