Atualização em 19/02 às 20h20 - O Facebook entrou em contato com a equipe do TecMundo, com o seguinte posicionamento:
“Esses documentos estão sendo escolhidos a dedo para se encaixar na narrativa do demandante. "Alcance potencial" é uma ferramenta útil para o planejamento de campanha, pela qual os anunciantes nunca são cobrados. Trata-se de uma estimativa e deixamos claro como ela é calculada em nossa interface de anúncios e na Central de Ajuda." - porta-voz do Facebook
Fim da atualização.
Funcionários sabiam que o Facebook estava usando métricas “profundamente erradas” para anúncios da rede social. Mais que isso, a companhia estaria realizando isso propositalmente com a intenção de aumentar a receita.
As informações do Financial Times têm base em um processo movido em 2018. O documento afirma que a empresa teria intencionalmente superestimado a métrica de “alcance potencial” para os anunciantes por não excluir contas falsas ou duplicadas.
A ferramenta de alcance potencial é mostrada para os anunciantes ao criar uma campanha.Fonte: Prime Gate Digital/Reprodução
Com trechos de e-mails internos, a ação revela que Sheryl Sandberg, diretora de operações do Facebook, reconheceu o problema com a métrica em 2017. Então, o gerente de produto Yaron Fidler solicitou uma correção.
Entretanto, a companhia se recusou a realizar as mudanças. O documento da ação destaca que o argumento apresentado nas mensagens é que as alterações solicitadas "produziriam um impacto significativo na receita”.
Durante o processo, o Facebook se defendeu e argumentou que a métrica de estimativa dos anúncios é apenas uma ferramenta gratuita. Por conta disso, ela não reflete fielmente o custo de uma campanha ou quem ela atingirá.
No entanto, os relatores do documento citam um comunicado interno sobre o “alcance potencial” do Facebook Ads. Nele, a empresa o classifica como "indiscutivelmente o número mais importante em nossa interface de criação de anúncios”.
Essa não seria a primeira vez que o Facebook superestima números a seu favor.Fonte: Business Times/Reprodução
Facebook se defende
Em resposta ao artigo do Financial Times, o Facebook disse que as últimas “alegações não têm mérito e vamos nos defender vigorosamente”.
Essa não é a primeira vez que a companhia de tecnologia é acusada de prejudicar outras empresas ao aumentar seus números. Em 2018, ela foi processada por inflar e superestimar dados sobre o alcance dos vídeos assistidos pelos usuários.
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