Uma troca de e-mails feita por Mark Zuckerberg e o CFO do Facebook, David Ebersman, revelou os motivos para a rede social adquirir o Instagram. O comandante da empresa deu a entender que o aplicativo de fotos podia se tornar um forte concorrente e a compra seria a melhor solução para esse possível problema.
Os e-mails foram revelados durante uma reunião no congresso dos Estados Unidos que mira em práticas de mercado anticompetitivas. A conversa aconteceu em fevereiro de 2012 e mostra Zuckerberg sondando a copra de aplicativos que podiam "prejudicar" o Facebook a longo prazo.
"Eu só preciso decidir se vamos comprar o Instagram", diz Mark ZuckerbergFonte: The Verge
"Considerando que achamos que nossa própria avaliação é bastante agressiva e que somos vulneráveis em dispositivos móveis, estou curioso para saber se devemos considerar ir atrás de um ou dois deles [aplicativos concorrentes]. O que você acha?", perguntou Zuckerberg para o CFO do Facebook.
Ebersman desenvolveu a ideia e disse que Zuckerberg precisava buscar mais "elucidação" em relação aos motivos para uma aquisição de peso. Segundo o CFO, a compra poderia envolver razões como neutralizar um competidor, adquirir novos talentos e integrar novos produtos e funções para o Facebook.
"Ganhando tempo"
Zuckerberg respondeu o e-mail dizendo que "existe um número finito de mecanismos sociais para inventar" e que a aquisição seria útil para colocar o Facebook na liderança de novos segmentos. "Depois que alguém ganha em um mecânico específico, é difícil para outros [competidores] substituí-lo sem fazer algo diferente", completou o executivo.
Mark Zuckerberg depôs nas investigações do congresso estadunidense nesta semanaFonte: YouTube
O comandante do Facebook também disse que poderia se arrepender de não adquirir concorrentes e que a compra, mesmo supervalorizada, garantiria tempo para a empresa. Segundo Zuckerberg, a companhia já estava trabalhando, na época, em soluções para rivalizar com apps como Foursquare.
Cerca de uma hora após a troca de mensagens, Mark Zuckerberg também enviou outro e-mail para o CFO, desta vez sendo mais cuidadoso com as palavras. "Eu não quis dizer que estaríamos comprando-os para impedir a competição", escreveu o CEO do Facebook.
Além da rede social de Zuckerberg, as investigações antitruste também envolvem outras grandes companhias dos Estados Unidos, incluindo Apple, Amazon e Google.
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