Na última quinta-feira (30), o youtuber Felipe Neto participou de uma reportagem no Jornal Nacional sobre os recentes ataques que sofreu nas redes sociais. Com falsas acusações de pedofilia, o influenciador também foi atacado fora do ambiente virtual, com pessoas indo até a porta da sua casa para coagi-lo.
“Virem atrás de mim dentro da minha casa é um nível de perseguição que eu não imaginei que aconteceria. Sabe o vilão de novela, que você fala que não existiria na vida real? Ele existe, acontece, e eu estou vendo na prática até onde as pessoas podem ir”, disse o youtuber ao JN. “Eu nunca imaginei que fosse passar por isso. Nunca dei qualquer margem, suspeita. E ver isso acontecendo, as pessoas inventarem posts, aquilo mostra o quão vil é o coração daquelas pessoas, o quanto elas estão dispostas a fazer.”
O gatilho para as acusações contra Felipe Neto foi um print publicado no Twitter em que o youtuber supostamente escreveu uma mensagem sobre pedofilia. No entanto, uma checagem de fatos indicou que a publicação era falsa.
Olhem a quantidade de comentários acreditando... É assim em todo post, sempre tem uma leva enorme de pessoas que acreditam.
— Felipe Neto ?????? (@felipeneto) July 27, 2020
Esse tipo de mentira leva a assassinatos (literalmente).
Vcs acham q eles se importam?https://t.co/DGhANvEK3A pic.twitter.com/QL6vl4PlSD
A repercussão do caso nas mídias sociais foi tão grande que o nome de Felipe Neto foi citado por mais de 320 mil perfis no Twitter, totalizando 1,2 milhão de menções entre 22 e 28 de julho.
A campanha de difamação está atrelada ao fato de Felipe Neto ser crítico do governo do presidente Jair Bolsonaro. De acordo com o jornal O Estado de S. Paulo, um dos homens que foi até a casa do youtuber com um carro de som para ameaçá-lo também participou do disparo de fogos de artifício contra a sede do Supremo Tribunal Federal (STF), em Brasília, no dia 13 de junho. Conhecido como "Cavalieri do Otoni", ele já foi denunciado por difamação, injúria e coação contra o ministro Alexandre de Moraes.
A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e mais 36 entidades assinaram um manifesto em defesa de Felipe Neto, citando a defesa do direito constitucional à livre expressão.
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