O Instagram está removendo postagens que demonstram apoio ao general iraniano Qassem Soleimani, líder da Guarda Revolucionária Islâmica, morto em uma operação militar comandada pelos Estados Unidos no dia 2 janeiro envolvendo um drone.
O motivo é que a organização é considerada terrorista pelo país, que impôs sanções mais rígidas ao Irã nos últimos dias após uma retaliação pela morte do general. "Nós operamos dentro das leis de sanção do Estados Unidos, incluindo aquelas designações do governo norte-americano relacionadas à Guarda Revolucionária Islâmica e suas lideranças", afirmou oficialmente o Facebook ao site da CNN Business.
Contas que postaram mensagens de vingança ou apenas solidariedade a Soleimani foram suspensas temporariamente ou tiver as publicações deletadas. Vários perfis antes banidos já voltaram ao ar, mas sem as publicações originais. O Instagram é um dos poucos serviços ocidentais de redes sociais que opera normalmente no país.
Irã vê censura
Por outro lado, o Irã considerou a atitude do Facebook como uma forma de censura de conteúdo. O porta-voz do governo local, Ali Rabiei, comentou o caso em seu perfil no Twitter e chamou o ato de "não democrático" por "bloquear vozes inocentes que protestavam contra o assassinato do general", enquanto "terroristas de verdade têm voz ativa".
In an undemocratic and unashmed action,Instagram has blocked an innocence nations' voice protesting to the assesination ofGeneral #Soleimani,while the real terrorists have been given an open voice.The stick behind the democracy and media freedom is displayed in the nick of time
— Alirabiei (@Alirabiei_ir) January 6, 2020
Caso não cumprisse as sanções, o Instagram poderia receber multas por parte do governo dos EUA.
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