O Facebook vai começar a remover vídeos com deepfakes e outros tipos de conteúdos manipulados postados na plataforma com o objetivo de enganar o público. O anúncio foi feito pela vice-presidente de gerenciamento de políticas globais da companhia, Monika Bickert, na última segunda-feira (6).
Segundo ela, a mudança nas políticas da rede social em relação a tais mídias tem a intenção de combater a desinformação disseminada pelos deepfakes, uma técnica que utiliza inteligência artificial para criar vídeos falsos, mas realistas, geralmente utilizando rostos e vozes de pessoas famosas.
A empresa de Mark Zuckerberg afirma contar com uma equipe de 50 especialistas globais formados nas áreas de mídia, jurídica, política, cívica e acadêmica, que ajudarão a detectar os conteúdos manipulados e compartilhados na plataforma. Quando ocorrer a identificação eles serão removidos imediatamente.
Mesmo os conteúdos que não atendam aos padrões de exclusão, mas por algum motivo foram marcados como falsos ou parcialmente falsos, também estarão sujeitos a penalizações, de acordo com Bickert, tendo reduzida a sua distribuição no feed de notícias e sendo acompanhados por alertas de publicação falsa.
Paródias e sátiras não serão banidas
Os vídeos editados de maneira a induzir que um sujeito falou algo não dito na realidade e aqueles modificados por meio de inteligência artificial, substituindo ou sobrepondo conteúdo a uma imagem, fazendo parecer autêntico, poderão ser identificados como deepfakes e banidos do Facebook.
Também estão sujeitos à exclusão fotos, áudios e vídeos, deepfakes ou não, que violarem os padrões da comunidade, incluindo violência, discurso de ódio e nudez, entre outros.
No entanto, a rede social informa que as rigorosas políticas não se estendem aos conteúdos de paródias e sátiras e também aos vídeos editados com o intuito de omitir ou alterar a ordem das palavras.
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