Um projeto de lei proposto pelo senador dos EUA, Josh Hawley, tem como objetivo restringir recursos de design viciante na indústria da internet. A Lei de Tecnologia para Redução do Vício em Mídia Social traria a proibição de ferramentas que mantenham os usuários em plataformas de mídias sociais por mais tempo, como autoplay do YouTube, rolagem infinita e premiações por uso.
Segundo o político, ultimamente as novas criações dentro desse nicho têm surgido não como melhorias para a indústria tecnológica, mas para capturar a atenção do usuário por meio de truques psicológicos. De acordo com Josh Golin, diretor-executivo de campanha da Commercial Free Childhood, "as empresas de mídia social implantam táticas destinadas a manipular os usuários".
As mudanças e proibições
A solução legislativa tornaria ilegal que as redes sociais utilizassem padrões de manipulação dos usuários e recursos destinados a automaticamente exibir um conteúdo diferente do solicitado, como rolagem infinita, autoplay em vídeos e práticas similares. A proposta exige que a pessoa solicite o carregamento do conteúdo adicional, clicando em um ícone, por exemplo. O projeto também traria a proibição de prêmios em aplicativos, como os Snapstreaks do Snapchat.
A lei obrigaria, ainda, as mídias sociais a melhorarem o entendimento de opções de aceitação e rejeição de certas ferramentas, incluindo o mesmo formato, fonte e tamanho em caixas de seleção "aceitar" e "recusar". Essa diagramação ajudaria a fazer escolhas mais conscientes.
O projeto de Hawley exige que, 6 meses após a sua aprovação, as empresas ofereçam monitoramento do tempo gasto em determinadas plataformas, incluindo pop-ups a cada 30 minutos que lembrem ao usuário que ele está lá. Esse tempo seria o padrão, os próprios desfrutadores das redes poderiam definir os limites de tempo de acesso às mídias. Algumas empresas, como Google e Apple, e alguns aplicativos, como Facebook e Instagram, já incorporaram ferramentas de monitoramento em seus sistemas.
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