Belle Delphine, com 4,4 milhões de seguidores no Instagram, é uma gamer que em 1 mês vendeu por US$ 30 cada vidro da água que usou para tomar banho. Por outro lado, Arianna Renee, com 2,6 milhões de seguidores na mesma rede social, não conseguiu vender 36 camisetas da própria marca. O poder das mídias transformou "influencer" em profissão.
Durante anos, esse mercado parecia não ter limites (vide Selena Gomez como "embaixadora" de xampu para seus mais de 200 milhões de seguidores), mas um estudo da empresa de análise de mercado InfluencerDB mostra que as taxas de engajamento caíram ao menor nível registrado à medida que o Instagram tem se tornado superlotado de posts patrocinados.
Um estudo da empresa CivicScience feito em janeiro deste ano revelou que, nos Estados Unidos, de 23% a 34% das pessoas fizeram compras por causa de um influenciador; e quase todas as campanhas (93%) usam o Instagram, de acordo com uma análise do CreatorIQ em 2018. O número de influenciadores usando a hashtag #ad subiu 133% no ano passado.
Em 2019, a taxa de engajamento para posts patrocinados despencou de 4% nos três anos anteriores para 2,4%. A queda atingiu a todos: influenciadores de viagens, conhecidos por terem as maiores taxas de engajamento, sofreram diminuição média de 8% em 2018 para 4,5%. A InfluencerDB também observou perdas entre influenciadores de beleza, moda, alimentação, estilo de vida, esportes e condicionamento físico.
Quando menos é mais
Ao contrário do que se pensa, quanto menos seguidores, melhor. Influenciadores com pelo menos 10 mil seguidores têm engajamento de apenas 3,6%; de 5 mil a 10 mil, têm 6,3%; e influenciadores com mil a 5 mil seguidores têm a maior taxa de engajamento: 8,8%.
Se o Instagram dá sinais de ser terra devastada, outras redes sociais são promissoras. O TikTok, plataforma de compartilhamento de vídeos que explodiu na China antes de entrar nos EUA em agosto do ano passado, mostrou-se um campo fértil como o YouTube jamais foi.
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