Dois executivos do Twitter comentaram a atual situação da plataforma no combate aos discursos de ódio e na presença de grupos extremistas na rede social — e se eles estarem no site de fato é um problema para a empresa. A conversa foi durante o evento CodeCon, no estado norte-americano do Arizona.
Segundo o gerente de produto do site, Kayvon Beykpour, o Twitter não tira do ar absolutamente todas as denúncias porque "muito do que algumas pessoas consideram como abusivo na verdade não viola as políticas" da plataforma. Interpretações pessoais, portanto, não são levadas em conta se o abuso não é explícito ou direcionado a determinados temas.
Porém, Beykpour comentou que o site toma uma medida em especial: tentar esconder certos temas para impedir que eles sejam divulgados para mais pessoas. "Uma das coisas que nós tivemos que decidir, de um ponto de vista de produto e tecnologia, é proativamente não amplificar conteúdos que achamos que não deveriam ser amplificados", afirmou o executivo. Porém, ele não deu exemplos nem explicou como isso acontece ou o que leva a empresa a tomar essa atitude.
Ambiente tóxico?
Já segundo a conselheira do Twitter, Vijaya Gadde, a situação é um pouco diferente. Ela confirma que a rede social "contribui para a radicalização", assim como todas as plataformas, mas acredita que "temos muitos mecanismos e políticas que reforçamos e combatem isso de forma bastante efetiva". Vale lembrar que simpatizantes do nazismo constantemente são denunciados por sua presença no site, inclusive com conteúdos extremistas, mas isso é dificilmente combatido na rede social.
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