As redes sociais têm um problema chamado supremacia branca. Infelizmente, ainda há uma dificuldade para banir este tipo de usuário entre as principais plataformas, Twitter e Facebook. O Twitter praticamente não faz nada para impedir o retorno de usuários supremacistas, mas alegou que fará um estudo para sobre o assunto. Já o Facebook fez um grande esforço para eliminar grupos de extrema-direita de sua rede social, mas falha miseravelmente ao impedir que esses grupos se unam novamente, de acordo com reportagem do Buzzfeed News.
Vale notar que o nazista que matou 51 pessoas na Nova Zelândia usava ambos os sites como palanque. Sua conta no Twitter era recheada de mensagens de ódio e seu Facebook foi responsável por uma transmissão ao vivo da chacina. As redes sociais falharam em bani-lo de suas plataformas. Só após o ato, o Facebook anunciou baniria contas de usuários supremacistas brancos.
Facebook: indivíduos e organizações que espalham ódio, atacam ou pedem a exclusão de outros com base em quem são, não têm lugar em nossos serviços
O Buzzfeed News nota que, apenas um mês após o banimento em massa feito pelo Facebook, diversos grupos nazistas, nacionalistas brancos, recheados de discurso de ódio, estavam novamente dentro da plataforma. Além disso, mesmo com o alerta proativo de usuários sobre a presença dos grupos, o Facebook parou de tomar medidas.
Estudioso de extremismos políticos, o professor de Ciência da Computação da Elon University, Kevin Chan, comentou que “o Facebook gosta de fazer uma jogada de relações públicas e dizer que eles estão fazendo algo, mas eles nem sempre acompanham isso. Toda vez estamos aprendendo. Agora, presumimos que eles também estiveram aprendendo... Eu acho que é mais uma corrida armamentista. Mas a tendência é que vai ser muito difícil para as pessoas fazerem isso, tão difícil ao ponto em que haverá muito atrito no sistema, então eles provavelmente irão para outro lugar”.
O Facebook, por sua vez, reafirmou que precisa de ajuda da comunidade para banir os grupos, mas que também toma medidas por conta. "Indivíduos e organizações que espalham ódio, atacam ou pedem a exclusão de outros com base em quem são, não têm lugar em nossos serviços. Procuramos proativamente os elementos nocivos e investigamos as preocupações quando elas são criadas”.
- Você pode acompanhar a reportagem em detalhes, com casos ilustrados, clicando aqui
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